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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
As seguradoras brasileiras faturaram 28,8 bilhões de reais entre janeiro e agosto, o equivalente a 77% dos 37,5 bilhões registrados durante todo o ano passado. O Bradesco está na liderança dessa disputa e responde por 25,02% do mercado, segundo o ranking nacional, divulgado nesta quinta-feira (11/11) pelo Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo (Sincor-SP).
Para o presidente da entidade, Leoncio de Arruda, um dos destaques da pesquisa mensal é o contínuo crescimento das receitas com os planos VGBLs (Vida Gerador de Benefícios Livres), que já representam cerca de 21% da carteira das seguradoras. Quando se excluem esses produtos da análise, a receita do mercado cai de 28,8 bilhões para 22,6 bilhões, conforme a pesquisa. Sem o VGBL, o Bradesco continua na liderança do ranking, mas com um faturamento de 4,6 bilhões de reais e uma participação de mercado de 20,27%. "O VGBL é um produto ainda em crescimento", diz Arruda.
Segundo Arruda, o mercado de seguros deve crescer cerca de 15% neste ano, um pouco acima dos 12% com que fechou 2003. Ele atribuiu a expansão dos negócios ao maior conhecimento, pela população, dos produtos oferecidos pelas empresas, como o VGBL, que apesar de formalmente ser um seguro de vida é vendido como plano de previdência. "Os corretores investiram muito em divulgação", afirma.
Outro impulso é a redução da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), de 7% para 4% para os planos de seguro de vida. A medida integrou o pacote de ajustes tributários anunciado pelo Ministério da Fazenda no início de agosto. A intenção do governo é cortar a alíquota para 2% em setembro de 2005 e zerá-la após um ano.
No ranking de agosto, a Sul América ocupa a segunda posição, com 4,02 bilhões de reais em receitas e 13,97% de participação de mercado. O Itaú segue em terceiro, com 3,155 bilhões e 10,95% de market share. Descontando-se os planos VGBLs, os valores da Sul América mudam para 4,019 bilhões em receita e 17,81% de participação de mercado. Sem VGBL, os números do Itaú baixam para 1,63 bilhão de receita e 7,23% de participação. Neste caso, o Itaú perde a terceira posição para a Porto Seguro, com receita de 1,7 bilhão e 7,60% de market share. No ranking acrescido de VGBL, a Porto Seguro aparece em quinto lugar.
A pesquisa do Sincor-SP analisa 76 companhias e baseia-se em dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), vinculada ao Ministério da Fazenda, e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).