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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
Mesmo após a crise internacional penalizar instituições financeiras ao redor do mundo, o Bradesco manteve a posição de marca brasileira mais valiosa. O banco é seguido pelo Itaú, que subiu de sexto para segundo, e pelo Banco do Brasil, que caiu de segundo para terceiro. A análise foi feita pela empresa de avaliação de marcas Brand Finance, que divulgou sua quarta edição anual do ranking brasileiro.
A Volkswagen é a primeira companhia que aparece atuante fora do setor bancário, em quarto lugar. Logo atrás, está AmBev, Vivo e Petrobras. A General Motors/Chevrolet vem em oitavo, ainda que muito prejudicada pelas dificuldades que vem enfrentando no exterior, com o cenário de restrição de crédito e queda de consumo.
O líder Bradesco, apontado como a marca mais valiosa do Brasil pelo segundo ano consecutivo, chegou ao valor de R$ 16,27 bilhões. Entre as primeiras posições, o destaque fica com o avanço da Vivo, que subiu da 9ª para a 6ª posição.
Gilson Nunes, CEO e Sócio da Brand Finance América do Sul, explicou que a lista de 2009 traz os primeiros impactos do movimento do valor de marcas após a crise financeira global. “Enquanto o valor de mercado das empresas listadas em bolsa caiu R$ 351,6 bilhões em comparação ao ano anterior, ou seja, uma redução de 25,3%, a soma do valor das marcas aumentou 5,7%, ou R$ 12,3 bilhões”.
Segundo Nunes, as marcas são ativos estratégicos que, se bem gerenciadas, são menos suscetíveis aos momentos de crises. Ainda assim, alguns setores não foram capazes de se desvincular e foram fortemente afetados, em especial os segmentos ligados a commodities.
A marca da Vale, por exemplo, perdeu 17% do seu valor, conforme apontou o estudo, a mesma queda sofrida pela Esso. A concorrente Petrobras viu sua marca se desvalorizar 5%. O valor das marcas das siderúrgicas Gerdau e Usiminas se retraiu, respectivamente, 16% e 31%. O setor de aviação foi outro duramente penalizado: a marca da Gol perdeu 47% do valor, enquanto a da TAM perdeu 51%.
Entre as alterações no ranking do último ano para este, houve a entrada das marcas da Motorola, Nokia, BNDES, IBM e Claro. Por outro lado, WEG, Vulcabras, Terra e Furnas perderam lugar entre as 100 maiores no Brasil.
Posição 2008
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Posição 2007
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Marca
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Setor
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Valor da marca, em bilhões de reais
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Valor da Marca/Valor de Mercado Empresa
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Brand Rating
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1
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1
| Bradesco | Bancos | 16.265 | 27,3% | A |
2
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6
| Banco Itaú | Bancos | 11.814 | 19,0% | BB |
3
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2
| Branco Brasil | Bancos | 7.415 | 20,9% | BB- |
4
|
4
| Volkswagen* | Veículos (House of Brands) | 6.629 | N/D | BBB+ |
5
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3
| AMBEV* | Bebidas (House of Brands) | 6.398 | 11,7% | BB |
6
|
9
| VIVO | Telecom | 5.934 | 25,5% | BBB |
7
|
8
| Petrobrás | Petróleo/distribuição | 5.904 | 2,2% | BBB- |
8
|
7
| General Motors/Chevrolet* | Veículos (House of Brands) | 5.874 | N/D | BBB+ |
9
|
10
| OI/Telemar | Telecom | 5.474 | 22,4% | BB |
10
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13
| Fiat* | Veículos (House of Brands) | 5.075 | N/D | BBB+ |
* House of Brands. São empresas que possuem uma ou mais marcas de produtos/serviços, além da marca corporativa. São considerados todas as marcas aqui, desde produto/serviço até a própria marca corporativa. Em alguns casos, como Ambev, a marca corporativa tem um valor pequeno, em outros como Nestlé tem um valor elevado. |