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Bancos de Wall Street vão distribuir bônus recorde

Goldman Sachs, Morgan Stanley e JPMorgan Chase vão pagar cerca de US$ 30 bilhões em bônus

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Os bancos Goldman Sachs, Morgan Stanley e JPMorgan Chase, sobreviventes da pior crise financeira desde o colapso de 1929, deverão pagar o recorde de 29,7 bilhões de dólares em bônus a seus funcionários neste ano, segundo informou a agência de notícias Bloomberg.

O recorde será batido poucos meses depois de os principais bancos do país receberem ajuda do governo dentro do programa Troubled Asset Relief Program (TARP), criado em 2008 para evitar o risco de quebra sistêmica de instituições financeiras nos Estados Unidos.

De acordo com os analistas de mercado, essa quantia equivale a 60% mais do que os bônus distribuídos no ano passado e também supera o recorde histórico de bônus pagos em único ano - de 26,8 bilhões de dólares, alcançado em 2007.

De acordo com a Bloombeg, os bancos correm o risco de enfrentar a ira da opinião pública devido ao tamanho do bônus, já que o governo injetou quantias representativas de recursos em diversas instituições financeiras ao longo do ano.

Os diretores que gerenciam altos rendimentos com vendas a crédito são uns do que mais devem ganhar com bônus, segundo estudo da Options Group. A estimativa é de que as premiações aumentem 50%, passando da média de 1,3 milhões de dólares para 1,7 milhões de dólares.

O setor de commodities é outro que deve melhorar as quantias destinadas aos bônus. A consultoria americana projeta que os administradores deste segmento receberão cerca de 6 milhões de dólares cada, dois milhões a mais do que a média do ano passado.

Mais de um terço dos profissionais de finanças de Wall Street esperam que os seus bônus cresçam em 2009, de acordo com uma pesquisa realizada pelo portal eFinancialCareers.com.

"Pagamos bônus em meio a tempestade, agora estamos voltando a fazer as coisas que sabemos fazer em um ambiente mais confortável", disse Marcos Borges, consultor de compensação da Compensia Inc. em Corte Madera, na Califórnia (EUA). 


Antes da crise financeira atingir o faturamento dos bancos norte-americanos, os bônus de Wall Street e os lucros corporativos respondiam por 20% das receitas fiscais de Nova York e 9% de impostos da cidade. Com a crise, o pagamento de benefícios caiu 44% em 2008, para 18,4 bilhões de dólares, quando comparado com o ano anterior. 

Segundo reportagem da Bloomberg, o tamanho dos bônus deste ano obscurecem os problemas que ainda assolam outras áreas do setor financeiro americano.

"O bônus é uma área estreita, embora claramente grande em termos de dólares. No entanto, a gestão de ativos continua a doer, os fundos hedge ainda estão em baixa, muitos não têm cumprido as suas metas de desempenho, os serviços de empréstimos e o cenário imobiliário não são nem um pouco bonitos", disse Rose Marie Orens, do Compensation Advisory Partners LLC de New York.


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