BNDES publica edital de privatização da CEA e prevê aportes de R$ 3 bi
A Companhia de Eletricidade do Amapá é responsável pela distribuição de energia no estado do Norte do país
Reuters
Publicado em 17 de maio de 2021 às 20h21.
Última atualização em 17 de maio de 2021 às 20h28.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) publicou nesta segunda-feira o edital do leilão de privatização da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), responsável pela distribuição de energia no estado do Norte do país, projetando investimentos de 3 bilhões de reais pelo período de 30 anos a ser ofertado para concessão do serviço público.
No certame, que ocorrerá em 18 de junho, na B3, a empresa será adquirida por um valor simbólico de 50.000 reais, disse o banco em comunicado.
O novo controlador, porém, deverá fazer um aporte de capital de 400 milhões de reais e assumir passivos precificados em cerca de 1,1 bilhão de reais. Além disso, 500 milhões de reais — do total de 3 bilhões — deverão ser investidos nos cinco primeiros anos de concessão.
O vencedor do leilão será definido por uma combinação de valores de outorga e tarifa.
"Estamos confiantes na efetivação desta transação, que estancará o dispêndio de recursos públicos na companhia, alavancará investimentos no Amapá e gerará perspectiva de melhora substancial na prestação desse serviço essencial", afirmou o diretor de Privatizações do BNDES, Leonardo Cabral, em nota.
A CEA opera atualmente por meio de concessão provisória, atendendo cerca de 830.000 habitantes.
Nas negociações para viabilizar a privatização da companhia, o BNDES disse ter articulado com os agentes envolvidos para que o investidor privado assuma dívida de 1,1 bilhão de reais, metade do valor original devido pela empresa.
Nesse arranjo, o estado do Amapá capitalizou a companhia ao abrir mão de uma ação contra um dos principais credores, enquanto esses flexibilizaram o valor de seus créditos no limite necessário para viabilizar a transação.
"A venda da CEA... apresenta possibilidade de geração de valor não só pela melhora na gestão, como pelo potencial de crescimento, dada a demanda reprimida e a expectativa diferenciada de crescimento populacional ao longo dos próximos 30 anos", acrescentou Cabral.
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