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BNDES oferece empréstimo de até US$ 167 milhões para Varig

Recursos serão repassados na forma de um empréstimo-ponte para sustentar as operações da empresa até o leilão de ativos

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

Após declarar publicamente que não apoiaria a recuperação da Varig com recursos públicos, o governo voltou atrás e anunciou, nesta quarta-feira (10/5), que poderá emprestar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ajudar a companhia. A instituição está disposta a liberar até 167 milhões de dólares para a empresa manter suas atividades até o leilão de seus ativos, que ocorrerá em até 60 dias.

O dinheiro seria liberado por meio de um empréstimo-ponte. Na prática, isso significa que os recursos do BNDES seriam repassados para um investidor intermediário, interessado em injetar recursos na Varig. Esse investidor arcaria com os riscos de uma eventual inadimplência da aérea e seria acionado pelo BNDES, caso o empréstimo não fosse quitado. O investidor também poderia assumir mais riscos, repassando à Varig não apenas os recursos obtidos junto ao BNDES, como também mais dinheiro de outras fontes.

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É isso o que espera o governo. Na operação traçada pelo BNDES, o investidor e os credores da Varig poderão negociar um empréstimo-ponte total de 250 milhões de dólares. Caberia ao banco estatal dois terços dessa quantia, ou 167 milhões. Os recursos deverão ser usados para manter as atividades da companhia, até que seus ativos sejam vendidos em leilão, de acordo com a proposta aprovada nesta terça-feira (9/5) pela assembléia de credores. Segundo o banco, o vencimento do empréstimo ficará atrelado ao leilão.

Em nota à imprensa, o BNDES justificou o apoio citando "os relevantes aspectos econômicos e sociais envolvendo o processo de recuperação judicial da Varig". Os investidores interessados em participar da operação deverão atender aos critérios do BNDES e oferecer carta de fiança bancária como garantia. Devido à difícil situação financeira da companhia aérea - que deve cerca de 7 bilhões de reais e só pode voar mediante pagamento à vista do combustível - os interessados deverão protocolar seus pedidos no BNDES até o dia 15 de maio.

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