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Balanço preliminar da ALL agrada e papéis têm maior alta do Ibovespa

Mercado estava preocupado com resultados na Argentina, mas ALL não decepcionou

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A ALL, maior operadora de ferrovias do Brasil, divulgou nesta quinta-feira que sua receita consolidada cresceu 17,3% nos nove primeiros meses do ano, a R$ 2,155 bilhões, frente ao R$ 1,838 bilhão de período idêntico em 2007. A divulgação do balanço preliminar do terceiro trimestre animou o mercado. As units (certificados de depósito de ações) registravam, às 14h33, alta de 18,47%, a maior valorização entre os papéis que compõem o Ibovespa.

De acordo com análise da Brascan Corretora, "a prévia da ALL para os resultados do terceiro trimestre de 2008 mostra números sólidos, com forte crescimento da geração de caixa e margem operacional".

A empresa informa que o resultado foi impulsionado pela significativa recuperação da taxa de retorno de investimentos na ALL Argentina no terceiro trimestre. Vale lembrar que os resultados da operação argentina da empresa foram afetados pelas paralisações promovidas por produtores rurais daquele país ao longo do segundo trimestre.

Nos nove primeiros meses deste ano, o EBITDA (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortizações) cresceu 25,6%, para R$ 858,4 milhões. A margem EBITDA cresceu 2,9 pontos percentuais, para 45,4%.

Já no terceiro trimestre deste ano, ante os meses de julho, agosto e setembro de 2007, a receita consolidada avançou 10,2%, para R$ 770 milhões. Os volumes transportados tiveram relativa estabilidade. A Brascan não demonstrou preocupação com a estagnação dos volumes porque a abrupta queda de preços das commodities agrícolas de fato demandou maior cautela por parte dos agricultores. Segundo a corretora, um sinal positivo para o volume a ser transportado neste último trimestre do ano é o aumento do estoque de milho, 61% maior que ao final de 2007. "Como a capacidade de armazenagem precisa estar pronta para receber a safra de 2009, a expectativa é que esses volumes tenham de ser escoados até o final do ano", indica a análise.

A corretora lembra, ainda, que a dívida da ALL manteve-se praticamente inalterada entre o segundo e o terceiro trimestres, no patamar de R$ 2,7 bilhões, enquanto a dívida bruta chega a R$ 5,2 bilhões, com cerca 60% dela atrelada ao CDI e 40% à TJLP - sem exposição à variação cambial.

Por outro lado, a Ativa Corretora coloca em observação o fato de o volume transportado pela ALL nos nove primeiros meses do ano ter crescido apenas 8,9% em relação a igual período do ano passado, "muito distante do ';guidance'; (estimativa de resultados) para o ano", o que exigiria crescimento de 25% nos últimos três meses do ano em relação ao mesmo período de 2007. A Ativa considera, ainda, que o nível de endividamento da ALL é elevado.

A ALL realiza conference call sobre as estimativas de resultados do terceiro trimestre de 2008 às 16h30.

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