Azaléia aposta em exportação e pontos-de-venda próprios

Algumas empresas preferem apostar na estratégia da abertura de lojas próprias no Exterior com mais cautela. É o caso da gaúcha Azaléia, maior fabricante de calçados femininos e tênis do país, com faturamento superior a 1,2 bilhão de reais em 2004. Por enquanto, a empresa prefere apostar em dois caminhos simultâneos para vender seus produtos lá fora: a exportação e os pontos-de-venda próprios.

Hoje, a empresa exporta 25% de sua produção para mais de 70 países. Em oito deles mantém 57 lojas próprias. No Chile, onde abriu sua primeira unidade em 2000, a Azaléia soma atualmente 22 lojas próprias -- quatro delas exclusivas da marca esportiva Olympikus. "Temos mais de 200 produtos diferentes. Nenhuma loja compra tudo isso", diz Paulo Ricardo Santana, diretor de marketing da Azaléia. "A indústria hoje precisa, além de produzir, achar mercados para seus produtos e a melhor forma de vendê-los", diz Santana.

Isso também exige atenção redobrada com o marketing. Em Praga, na República Tcheca, por exemplo, onde a marca Olympikus fez um sucesso surpreendente, a Azaléia utiliza até adesivos em trens urbanos para promovê-la.

A mineira Patachou, fabricante de roupas femininas, encontrou uma forma mais simples -- e barata -- de estar presente no Exterior e ainda assim manter a identidade da marca. Em vez de montar uma loja exclusiva, inaugurou em maio deste ano um corner de de 40 metros quadrados na sofisticada Les Galeries Lafayette, um dos pontos mais chiques e caros do planeta. "É uma vitrine para o mundo", diz Tereza Santos, dona da empresa. Pode ser também o primeiro passo para uma loja exclusiva da grife mineira.