Argentina e Brasil buscam salvar projeto de US$6 bi da Vale
As obras de Rio Colorado, na província de Mendoza, na Argentina, estão paradas desde o final do ano passado
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Rio de Janeiro - Argentina e Brasil têm tentado salvar um projeto de potássio com investimentos previstos de 6 bilhões de dólares da Vale , disse nesta terça-feira o ministro das Relações Exteriores argentino, Hector Timerman, depois de a empresa paralisar temporariamente a construção da mina.
As obras de Rio Colorado, na província de Mendoza, na Argentina, estão paradas desde o final de dezembro.
Fontes do governo e da indústria disseram à Reuters neste mês que a Vale, a segunda maior mineradora do mundo, condicionou o futuro do projeto a isenções de impostos e a uma taxa de câmbio mais favorável do que a oficial.
"Estamos trabalhando duro para que a Vale continue na Argentina", disse Timerman a jornalistas após uma reunião com seu colega brasileiro, Antonio Patriota, no Rio de Janeiro.
O diplomata argentino não entrou em detalhes, mas disse que as autoridades de ambos os países estão envolvidas nas negociações para a Vale "continuar com um projeto que vai dar grande satisfação para ambos: os investidores e Argentina".
A Vale decidiu rever investimentos para enfrentar a queda do preço do minério de ferro, que representa 90 por cento de sua receita e é uma fonte de capital para outros projetos.
A gigante brasileira ampliou o recesso de final de ano dos trabalhadores da mina enquanto analisa as variações nos fundamentos econômicos de Rio Colorado.
Analistas e fontes do mercado dizem que a inflação na Argentina, estimada acima de 25 por cento ao ano, e controles de câmbio no país vizinho elevaram os custos de Vale.
A Vale espera que a Argentina atenda suas exigências antes de 28 de fevereiro, disse uma fonte do governo brasileiro.
Mas a mensagem política transmitida foi clara na terça-feira: Rio Colorado é importante para os dois países, disse uma fonte à Reuters no Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O Brasil colocou as negociações nas mãos de dois pesos pesados: o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o conselheiro para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
Rio Colorado deverá transformar a Argentina em um dos maiores exportadores de potássio, matéria-prima usada para produzir fertilizantes.
A produção seria exportada principalmente para o Brasil, uma potência do agronegócio que hoje importa 90 por cento das necessidades de potássio do Canadá ou Jordânia.
A Vale informou anteriormente que investiu 1,805 bilhão de dólares em Rio Colorado, completando 40 por cento das obras físicas até o final do terceiro trimestre de 2012.
Fontes do mercado estimam que na Argentina a isenção de imposto sobre valor agregado pedida pela Vale pouparia cerca de 1 bilhão de dólares para a empresa.
O projeto vai estar na mesa quando a presidente da Argentina, Cristina Fernández, e Dilma Rousseff se encontrarem no início de março, na Patagônia.
Rio de Janeiro - Argentina e Brasil têm tentado salvar um projeto de potássio com investimentos previstos de 6 bilhões de dólares da Vale , disse nesta terça-feira o ministro das Relações Exteriores argentino, Hector Timerman, depois de a empresa paralisar temporariamente a construção da mina.
As obras de Rio Colorado, na província de Mendoza, na Argentina, estão paradas desde o final de dezembro.
Fontes do governo e da indústria disseram à Reuters neste mês que a Vale, a segunda maior mineradora do mundo, condicionou o futuro do projeto a isenções de impostos e a uma taxa de câmbio mais favorável do que a oficial.
"Estamos trabalhando duro para que a Vale continue na Argentina", disse Timerman a jornalistas após uma reunião com seu colega brasileiro, Antonio Patriota, no Rio de Janeiro.
O diplomata argentino não entrou em detalhes, mas disse que as autoridades de ambos os países estão envolvidas nas negociações para a Vale "continuar com um projeto que vai dar grande satisfação para ambos: os investidores e Argentina".
A Vale decidiu rever investimentos para enfrentar a queda do preço do minério de ferro, que representa 90 por cento de sua receita e é uma fonte de capital para outros projetos.
A gigante brasileira ampliou o recesso de final de ano dos trabalhadores da mina enquanto analisa as variações nos fundamentos econômicos de Rio Colorado.
Analistas e fontes do mercado dizem que a inflação na Argentina, estimada acima de 25 por cento ao ano, e controles de câmbio no país vizinho elevaram os custos de Vale.
A Vale espera que a Argentina atenda suas exigências antes de 28 de fevereiro, disse uma fonte do governo brasileiro.
Mas a mensagem política transmitida foi clara na terça-feira: Rio Colorado é importante para os dois países, disse uma fonte à Reuters no Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O Brasil colocou as negociações nas mãos de dois pesos pesados: o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o conselheiro para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
Rio Colorado deverá transformar a Argentina em um dos maiores exportadores de potássio, matéria-prima usada para produzir fertilizantes.
A produção seria exportada principalmente para o Brasil, uma potência do agronegócio que hoje importa 90 por cento das necessidades de potássio do Canadá ou Jordânia.
A Vale informou anteriormente que investiu 1,805 bilhão de dólares em Rio Colorado, completando 40 por cento das obras físicas até o final do terceiro trimestre de 2012.
Fontes do mercado estimam que na Argentina a isenção de imposto sobre valor agregado pedida pela Vale pouparia cerca de 1 bilhão de dólares para a empresa.
O projeto vai estar na mesa quando a presidente da Argentina, Cristina Fernández, e Dilma Rousseff se encontrarem no início de março, na Patagônia.