Apple deposita primeira parcela de multa imposta pela UE
Empresa depositou em um fundo fiduciário 1,5 bilhão de euros, do total de 13 bilhões de euros
EFE
Publicado em 18 de maio de 2018 às 12h50.
Dublin - O ministro irlandês de Finanças, Paschal Donohoe, informou nesta sexta-feira que a Apple depositou em um fundo fiduciário 1,5 bilhão de euros, do total de 13 bilhões de euros, que foram economizados pelas vantagens fiscais ilegais concedidas pelo Governo de Dublin.
Trata-se do primeiro depósito realizado nessa conta pelo gigante tecnológico, que será seguido de outros durante o segundo e terceiro trimestre deste ano, até completar a quantidade fixada pela Comissão Europeia.
"Não haverá mais anúncios oficiais sobre a arrecadação até que tudo tenha sido recuperado totalmente, algo que deve ocorrer ao final do terceiro trimestre de 2018 ", explicou Donohoe em comunicado.
O Executivo comunitário determinou em 2016 que a Apple obteve "ajuda ilegal" de Dublin, que lhe permitiu pagar um imposto de sociedades de 1%, frente aos 12,5% que é aplicado às outras empresas.
O Governo irlandês rejeitou essas conclusões e a Comissão se viu obrigada a apresentar em outubro de 2017 uma denúncia contra Dublin por não recuperar os citados 13 bilhões de euros.
Enquanto o caso era tramitado no Tribunal de Justiça da União Europeia, o Executivo irlandês estabeleceu o citado fundo fiduciário independente.
Esta conta especial, estabelecida em processo de licitação, como estabelece a legislação comunitária, tem como objetivo salvaguardar do dinheiro e a gestão das futuras operações de investimento.
Este fundo, gerenciado principalmente em euro, fará investimentos de baixo risco, com o objetivo de preservar a máxima quantidade da capital.
Os seus gerentes são The Bank of New York Mellon (Filial de Londres), Amundi, BlackRock Investment Management Limited e Goldman Sachs, segundo anunciou o Ministério de Finanças irlandês em março.