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Aposta no gás

A conversão da Ipiranga

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

Nem álcool nem gasolina. Embora a Volkswagen e a GM estejam lançando modelos de carros que funcionam com esses dois combustíveis ao mesmo tempo, a Ipiranga, a segunda maior distribuidora de combustíveis do país, com faturamento de 12,7 bilhões no ano passado, resolveu apostar no gás natural veicular (GNV). A empresa vai investir cerca de 45 milhões de reais até o fim do ano para começar a vender GNV em mais 45 postos, chegando à marca de 130 pontos com o combustível. Hoje, a líder Petrobras Distribuidora tem 192 postos de GNV.

Por que a aposta da Ipiranga? Olho no longo prazo, dizem seus executivos. Atualmente, a frota movida a GNV no país é de 543 000 veículos, segundo o Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás. Mas a Ipiranga estima que até o fim de 2005 ela saltará para 1,2 milhão. "Estimamos uma conversão de 6% dos carros", diz Francisco Barros, gerente da área de gás da Ipiranga. O principal estímulo para a adaptação dos carros a gás natural é o preço inferior ao da gasolina, que pode gerar uma economia de 60% com combustível. Como o kit de conversão para gás não sai por menos de 2 000 reais, os especialistas dizem que a instalação só compensa para quem percorre grandes distâncias diariamente.

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A Ipiranga foi responsável pelo primeiro posto de GNV no país, em 1991. Hoje, vende cerca de meio milhão de metros cúbicos de gás natural por dia. É o mesmo volume vendido pelas distribuidoras de gás do Paraná, a Compagás, e de Mato Grosso do Sul, a MS Gás, que fornecem gás também para indústrias e projetos de geração elétrica. Essa quantidade faz da rede a décima maior vendedora de gás natural no país. O volume vendido pela Ipiranga cresceu 41% nos últimos 12 meses. As vendas das oito maiores distribuidoras, associadas ao Sindicom, cresceram 23%. Atualmente, o GNV representa 1,8% da receita da Ipiranga no comércio de combustíveis. A previsão é que essa participação chegue a 5% em três anos.

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