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Após disputa entre irmãos, União Química negocia com fundo

O fundo americano General Atlantic deu início a conversas para uma possível aquisição de fatia minoritária no laboratório União Química


	Laboratório: controlador do União confirmou conversas "embrionárias" com o fundo General Atlantic
 (Thinkstock)

Laboratório: controlador do União confirmou conversas "embrionárias" com o fundo General Atlantic (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2016 às 09h53.

São Paulo - O fundo americano General Atlantic, que no ano passado comprou participação de 17% na rede de farmácias Pague Menos, deu início a conversas para uma possível aquisição de fatia minoritária no laboratório União Química, uma das maiores de capital nacional, apurou a reportagem.

A União Química pertence a Fernando Castro Marques, que até o mês passado estava envolvido em uma das maiores disputas societárias do País. Fernando também era sócio da Biolab, importante farmacêutica, que pertence a seus irmãos Cleiton e Paulo Castro Marques.

Os três irmãos, que tinham participação acionária cruzada nos dois laboratórios, chegaram a um acordo, após oito anos de litígio. O caso foi encerrado, após a mediação de um primo, que nada tinha a ver com a disputa.

Fernando tinha 27,3% da Biolab, enquanto Cleiton e Paulo somavam 54,6% do negócio. Já Cleiton e Paulo tinham 36% da União Química.

A reportagem apurou que o General Atlantic procurou a Biolab, controlada por Cleiton e Paulo, para conversar, antes de a disputa societária ter chegado ao fim.

As conversas não avançaram, e o fundo procurou a União Química, que tem Fernando como controlador. Procurado, Fernando confirmou que há conversas "embrionárias", sem detalhar. O fundo não retornou os pedidos de entrevista.

Fontes próximas ao fundo afirmaram que a briga societária pesa no avanço de possíveis negociações, mesmo com o litígio já encerrado. O GA olha outros ativos do setor.

Salutar

À reportagem, Cleiton disse que o fim do litígio foi salutar para todos os envolvidos e que eles sempre tentaram preservar as empresas. A briga teve início em 2008, dois anos após a morte do pai dos empresários.

Para Maria Teresa Roscoe, da Fundação Dom Cabral, a chance de sucesso é maior em processos que envolvem litígio de famílias do que outros sócios.

"O sucesso sempre depende da abertura de diálogo. Mas, no caso de irmãos, se foram criados juntos (apesar da rivalidade), prevalece a tese da base da família", diz.

Fernando e Cleiton eram melhores amigos, mas não se falam há anos. Ainda há muita mágoa entre eles, dizem fontes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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