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Ano de 2013 será mais difícil, prevê Ambev

Com relação às metas já divulgadas, a Ambev revisou sua projeção de crescimento do mercado brasileiro de cervejas

Dentre as obras já anunciadas da Ambev para 2013 estão as novas fábricas em Minas Gerais e no Paraná (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 09h20.

São Paulo - A Ambev afirmou, em comunicado, que os resultados apresentados no primeiro trimestre confirmaram que 2013 deve ser um ano mais difícil quando comparado aos últimos anos. Entretanto, a empresa espera melhorar o desempenho em Ebitda nos próximos três trimestres.

"O ponto de partida foi ajustar rapidamente nossos planos para o restante do ano para uma perspectiva de volume menor, processo este que já foi concluído. Daremos especial ênfase, mais uma vez, à nossa estratégia de embalagens para melhorar nosso desempenho de receita líquida, oferecendo aos consumidores embalagens mais acessíveis enquanto a renda disponível continuar sob pressão", explicou a companhia. A Ambev também informou que continuará firme na política de gestão de custos, para proteger a rentabilidade.

Com relação às metas já divulgadas, a Ambev revisou sua projeção de crescimento do mercado brasileiro de cervejas no País.

Antes a empresa aguardava um crescimento em torno dos mesmo níveis de 2012 (alta de 3,2%), mas agora, diante do desempenho do primeiro trimestre, a fabricante de bebidas aguarda uma "indústria estável ou com queda de um dígito porcentual baixo" para 2013.

Sobre a meta de receita líquida por hectolitro no Brasil, a Ambev segue com as projeções de crescimento de dois dígitos porcentuais no ano, com Custo do Produto Vendido (CPV) aumentando entre um dígito porcentual alto e dois dígitos porcentuais baixos (consolidado), sendo entre 17% e 19% para refrigerantes e bebidas não alcoólicas no Brasil).

"Adicionalmente, esperamos que as despesas gerais e administrativas (excluindo depreciação e amortização) no Brasil cresça abaixo da inflação em 2013 por meio do já mencionado foco na gestão de custos", ressaltou.

Quanto aos investimentos previstos, a Ambev segue com a intenção de manter os aportes essenciais para a implementação da estratégia comercial da companhia, como, por exemplo, na capacidade necessária para a expansão da garrafa de vidro retornável de 300 ml e ao crescimento de Budweiser no País.


A intenção da companhia continua sendo de investir ao redor de R$ 3 bilhões no Brasil em função das perspectivas de médio e longo prazo para o crescimento orgânico no Brasil.

Dentre as obras já anunciadas da Ambev para 2013 estão as novas fábricas em Minas Gerais e no Paraná, além do aporte de R$ 71 milhões para a construção de uma linha de produção de garrafas retornáveis na filial Cebrasa, em Anápolis (Goiás).

Geração de caixa

Apesar do fraco desempenho em volume vendido, a gestão de caixa operacional da Ambev avançou 37,5%, passando de R$ 1,258 bilhão no primeiro trimestre de 2012 para R$ 1,729 bilhão de janeiro a março deste ano.

A dívida líquida ao final de março era de R$ 1,026 bilhão, queda de 83,6% ante os R$ 6,258 bilhões ao final de dezembro de 2012. O endividamento consolidado de Ambev recuou de R$ 3,143 bilhões, para R$ 2,998 bilhões na mesma base de comparação. Do montante total, R$ 2,081 bilhões estavam em moeda local e R$ 916,6 milhões, em moeda estrangeira.

O caixa e equivalentes de caixa em 31 de março de 2012 eram de R$ 3,665 bilhões, ante R$ 8,926 bilhões de dezembro de 2012. "Tal queda se deveu ao pagamento de R$ 5,118 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio durante o primeiro trimestre de 2013", justificou a companhia.

O resultado financeiro líquido da empresa ficou negativo em R$ 240,7 milhões entre janeiro e março, aumento de 191,4% ante o primeiro trimestre de 2012, quando o resultado negativo era de R$ 82,6 milhões.

De acordo com a Ambev, além da despesa adicional sem efeito caixa relacionada à opção de venda associada ao investimento na Cerveceria Nacional Dominicana (CND) - aproximadamente R$ 65 milhões - houve maiores despesas relativas a instrumentos não-derivativos.

Os investimentos globais e totais em bens de capital no trimestre somaram R$ 543,7 milhões, sendo R$ 427,3 milhões para o Brasil. Com relação aos impostos, conforme esperado pela companhia, a alíquota efetiva do primeiro trimestre ficou mais baixa: 17,6% ante 19,9% do primeiro trimestre de 2012.

As despesas com Imposto de Renda e Contribuição Social somaram R$ 506,4 milhões, queda de 12,7%.

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São Paulo - A Ambev afirmou, em comunicado, que os resultados apresentados no primeiro trimestre confirmaram que 2013 deve ser um ano mais difícil quando comparado aos últimos anos. Entretanto, a empresa espera melhorar o desempenho em Ebitda nos próximos três trimestres.

"O ponto de partida foi ajustar rapidamente nossos planos para o restante do ano para uma perspectiva de volume menor, processo este que já foi concluído. Daremos especial ênfase, mais uma vez, à nossa estratégia de embalagens para melhorar nosso desempenho de receita líquida, oferecendo aos consumidores embalagens mais acessíveis enquanto a renda disponível continuar sob pressão", explicou a companhia. A Ambev também informou que continuará firme na política de gestão de custos, para proteger a rentabilidade.

Com relação às metas já divulgadas, a Ambev revisou sua projeção de crescimento do mercado brasileiro de cervejas no País.

Antes a empresa aguardava um crescimento em torno dos mesmo níveis de 2012 (alta de 3,2%), mas agora, diante do desempenho do primeiro trimestre, a fabricante de bebidas aguarda uma "indústria estável ou com queda de um dígito porcentual baixo" para 2013.

Sobre a meta de receita líquida por hectolitro no Brasil, a Ambev segue com as projeções de crescimento de dois dígitos porcentuais no ano, com Custo do Produto Vendido (CPV) aumentando entre um dígito porcentual alto e dois dígitos porcentuais baixos (consolidado), sendo entre 17% e 19% para refrigerantes e bebidas não alcoólicas no Brasil).

"Adicionalmente, esperamos que as despesas gerais e administrativas (excluindo depreciação e amortização) no Brasil cresça abaixo da inflação em 2013 por meio do já mencionado foco na gestão de custos", ressaltou.

Quanto aos investimentos previstos, a Ambev segue com a intenção de manter os aportes essenciais para a implementação da estratégia comercial da companhia, como, por exemplo, na capacidade necessária para a expansão da garrafa de vidro retornável de 300 ml e ao crescimento de Budweiser no País.


A intenção da companhia continua sendo de investir ao redor de R$ 3 bilhões no Brasil em função das perspectivas de médio e longo prazo para o crescimento orgânico no Brasil.

Dentre as obras já anunciadas da Ambev para 2013 estão as novas fábricas em Minas Gerais e no Paraná, além do aporte de R$ 71 milhões para a construção de uma linha de produção de garrafas retornáveis na filial Cebrasa, em Anápolis (Goiás).

Geração de caixa

Apesar do fraco desempenho em volume vendido, a gestão de caixa operacional da Ambev avançou 37,5%, passando de R$ 1,258 bilhão no primeiro trimestre de 2012 para R$ 1,729 bilhão de janeiro a março deste ano.

A dívida líquida ao final de março era de R$ 1,026 bilhão, queda de 83,6% ante os R$ 6,258 bilhões ao final de dezembro de 2012. O endividamento consolidado de Ambev recuou de R$ 3,143 bilhões, para R$ 2,998 bilhões na mesma base de comparação. Do montante total, R$ 2,081 bilhões estavam em moeda local e R$ 916,6 milhões, em moeda estrangeira.

O caixa e equivalentes de caixa em 31 de março de 2012 eram de R$ 3,665 bilhões, ante R$ 8,926 bilhões de dezembro de 2012. "Tal queda se deveu ao pagamento de R$ 5,118 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio durante o primeiro trimestre de 2013", justificou a companhia.

O resultado financeiro líquido da empresa ficou negativo em R$ 240,7 milhões entre janeiro e março, aumento de 191,4% ante o primeiro trimestre de 2012, quando o resultado negativo era de R$ 82,6 milhões.

De acordo com a Ambev, além da despesa adicional sem efeito caixa relacionada à opção de venda associada ao investimento na Cerveceria Nacional Dominicana (CND) - aproximadamente R$ 65 milhões - houve maiores despesas relativas a instrumentos não-derivativos.

Os investimentos globais e totais em bens de capital no trimestre somaram R$ 543,7 milhões, sendo R$ 427,3 milhões para o Brasil. Com relação aos impostos, conforme esperado pela companhia, a alíquota efetiva do primeiro trimestre ficou mais baixa: 17,6% ante 19,9% do primeiro trimestre de 2012.

As despesas com Imposto de Renda e Contribuição Social somaram R$ 506,4 milhões, queda de 12,7%.

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