Exame Logo

Ambev aponta investimento recorde de R$ 2,8 bilhões no país

Já os investimentos globais somaram R$ 3 bilhões

Funcionário descarrega caixas de cerveja em armazém da Ambev: para 2014, a Ambev prevê, para as operações brasileiras, o mesmo valor investido no ano passado (Fabio Nutti/Exame)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 08h11.

São Paulo - A fabricante de bebidas Ambev informou nesta quarta-feira, 26, os investimentos globais da companhia em 2013 em capex somaram R$ 3,8 bilhões, sendo R$ 1,4 bilhão somente no quarto trimestre.

No Brasil, os aportes totalizaram R$ 2,8 bilhões em 2013, montante recorde histórico e em linha com o guidance estipulado pela companhia de cerca de R$ 3 bilhões.

Para 2014, a Ambev prevê, para as operações brasileiras, o mesmo valor investido no ano passado. Segundo a companhia, em release à imprensa, estão previstas a inauguração de duas novas fábricas: uma em Uberlândia (MG) e outra em Ponta Grossa (PR), o que seria inédito na história da empresa.

A fábrica de Minas Gerais contou com um investimento inicial de R$ 550 milhões e terá capacidade de produção de oito milhões de hectolitros. Já a unidade do Paraná está sendo construída com R$ 580 milhões.

Depois de um ano adverso em termos de cenário macroeconômico brasileiro, com a indústria nacional de cerveja apresentando uma retração de 3,5% no ano (queda de 2,8% somente no quarto trimestre), a Ambev enxerga 2014 com otimismo.

"No Brasil, vemos nossos principais desafios do último ano se dissipando: inflação de alimentos desacelerando desde o segundo trimestre de 2013; a postergação de impostos em outubro de 2013 que possibilitou o não aumento real de preços pela indústria; e, dadas as condições climáticas desfavoráveis enfrentadas em 2013, qualquer retorno à normalidade deverá ser um poderoso vento a favor", afirmou, no release de resultados enviado ao mercado.


"O ano de 2014 trará oportunidades para o mercado de cervejas e a Ambev está preparada para aproveitá-las", disse o vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Ambev, Nelson Jamel, em nota. De acordo com o executivo, as prioridades comerciais de 2013 vão continuar em 2014, assim como a preocupação com eficiência e controle de custos.

"A companhia acredita que este será um ano de crescimento para o mercado de cervejas no Brasil, depois de um 2013 de contração", afirma Jamel.

Com relação à Copa do Mundo de Futebol, a ser realizada em junho e julho no Brasil, a Ambev diz ter se preparado para a ocasião e pode representar um volume incremental de vendas em um período do ano tipicamente de baixa temporada para o setor de bebidas frias.

"Vemos a Copa do Mundo da FIFA 2014 como uma oportunidade única de impulsionar o valor de nossas marcas, consolidando o caminho para nosso crescimento de longo prazo", ressaltou a companhia, no documento ao mercado.

Participações de mercado

A Ambev informou também que sua participação média no mercado nacional de cervejas encerrou 2013 em 67,9%. No quarto trimestre, o porcentual médio foi de 67,5%, negativamente impactado pelo desempenho negativo da indústria como um todo.

Já em refrigerantes e bebidas não-alcoólicas, a fatia da Ambev no ano passado no País ficou, em média, 18,4%, aumento de 0,3 ponto porcentual. No quarto trimestre, a participação média da empresa foi de 19%, avanço de 0,9 ponto porcentual.

Guidances para 2014

Para 2014, a Ambev se compromete seguir garantindo o equilíbrio ideal entre preço/mix e volume, a fim de manter o crescimento da receita líquida de maneira rentável.


Para as operações brasileiras, a Ambev prevê a receita líquida cresça entre um dígito porcentual alto e dois dígitos baixos no ano, impactada positivamente por iniciativas de gestão da receita, pelo aumento do peso da distribuição direta e pelo benefício das marcas premium, bem como pela retomada de crescimento do volume da indústria.

Do lado dos custos, a fabricante projeta um crescimento do Custo por Produto Vendido (CPV) por hectolitro no Brasil em um dígito porcentual médio para o ano, a um mix de produto constante, principalmente impactado pela desvalorização do Real durante 2013. A taxa média de hedge de câmbio para 2014 foi de R$ 2,19/US$, que se compara com R$ 1,93/US$ em 2013, sendo parcialmente compensada pelo efeito positivo das hedges feitas em commodity.

A política de redução de custos também continuará, principalmente sobre as bases fixas e "non-working money", enquanto os investimentos em marcas e apoio às ações comerciais continuarão.

"Esperamos que nossas despesas administrativas cresçam abaixo da inflação enquanto nossas despesas com vendas e marketing deverão crescer dois dígitos, em linha com nossos investimentos relacionados a Copa do Mundo da Fifa de 2014", afirmou a Ambev.

A companhia também prevê que os custos de distribuição deverão crescer dois dígitos porcentuais, uma vez que o peso da distribuição direta continuará a crescer, incluindo o impacto resultante da expansão do último ano, e o crescimento de volume deve ser retomado. "Sendo assim, esperamos que o SG&A no Brasil cresça entre um dígito alto e dois dígitos baixos em 2014", conclui.

Com relação às operações internacionais, a Ambev continua vendo boas oportunidades para crescimento orgânico e não-orgânico da região HILA-ex; estão otimistas com Canadá, dado o fato de que em março a cerveja Corona será distribuída no país e na LAS, apesar das condições macroeconômicas desafiadoras, a companhia segue comprometida não só com as metas de longo prazo na região, mas também confiante na entrega de um crescimento sólido e rentável.

Veja também

São Paulo - A fabricante de bebidas Ambev informou nesta quarta-feira, 26, os investimentos globais da companhia em 2013 em capex somaram R$ 3,8 bilhões, sendo R$ 1,4 bilhão somente no quarto trimestre.

No Brasil, os aportes totalizaram R$ 2,8 bilhões em 2013, montante recorde histórico e em linha com o guidance estipulado pela companhia de cerca de R$ 3 bilhões.

Para 2014, a Ambev prevê, para as operações brasileiras, o mesmo valor investido no ano passado. Segundo a companhia, em release à imprensa, estão previstas a inauguração de duas novas fábricas: uma em Uberlândia (MG) e outra em Ponta Grossa (PR), o que seria inédito na história da empresa.

A fábrica de Minas Gerais contou com um investimento inicial de R$ 550 milhões e terá capacidade de produção de oito milhões de hectolitros. Já a unidade do Paraná está sendo construída com R$ 580 milhões.

Depois de um ano adverso em termos de cenário macroeconômico brasileiro, com a indústria nacional de cerveja apresentando uma retração de 3,5% no ano (queda de 2,8% somente no quarto trimestre), a Ambev enxerga 2014 com otimismo.

"No Brasil, vemos nossos principais desafios do último ano se dissipando: inflação de alimentos desacelerando desde o segundo trimestre de 2013; a postergação de impostos em outubro de 2013 que possibilitou o não aumento real de preços pela indústria; e, dadas as condições climáticas desfavoráveis enfrentadas em 2013, qualquer retorno à normalidade deverá ser um poderoso vento a favor", afirmou, no release de resultados enviado ao mercado.


"O ano de 2014 trará oportunidades para o mercado de cervejas e a Ambev está preparada para aproveitá-las", disse o vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Ambev, Nelson Jamel, em nota. De acordo com o executivo, as prioridades comerciais de 2013 vão continuar em 2014, assim como a preocupação com eficiência e controle de custos.

"A companhia acredita que este será um ano de crescimento para o mercado de cervejas no Brasil, depois de um 2013 de contração", afirma Jamel.

Com relação à Copa do Mundo de Futebol, a ser realizada em junho e julho no Brasil, a Ambev diz ter se preparado para a ocasião e pode representar um volume incremental de vendas em um período do ano tipicamente de baixa temporada para o setor de bebidas frias.

"Vemos a Copa do Mundo da FIFA 2014 como uma oportunidade única de impulsionar o valor de nossas marcas, consolidando o caminho para nosso crescimento de longo prazo", ressaltou a companhia, no documento ao mercado.

Participações de mercado

A Ambev informou também que sua participação média no mercado nacional de cervejas encerrou 2013 em 67,9%. No quarto trimestre, o porcentual médio foi de 67,5%, negativamente impactado pelo desempenho negativo da indústria como um todo.

Já em refrigerantes e bebidas não-alcoólicas, a fatia da Ambev no ano passado no País ficou, em média, 18,4%, aumento de 0,3 ponto porcentual. No quarto trimestre, a participação média da empresa foi de 19%, avanço de 0,9 ponto porcentual.

Guidances para 2014

Para 2014, a Ambev se compromete seguir garantindo o equilíbrio ideal entre preço/mix e volume, a fim de manter o crescimento da receita líquida de maneira rentável.


Para as operações brasileiras, a Ambev prevê a receita líquida cresça entre um dígito porcentual alto e dois dígitos baixos no ano, impactada positivamente por iniciativas de gestão da receita, pelo aumento do peso da distribuição direta e pelo benefício das marcas premium, bem como pela retomada de crescimento do volume da indústria.

Do lado dos custos, a fabricante projeta um crescimento do Custo por Produto Vendido (CPV) por hectolitro no Brasil em um dígito porcentual médio para o ano, a um mix de produto constante, principalmente impactado pela desvalorização do Real durante 2013. A taxa média de hedge de câmbio para 2014 foi de R$ 2,19/US$, que se compara com R$ 1,93/US$ em 2013, sendo parcialmente compensada pelo efeito positivo das hedges feitas em commodity.

A política de redução de custos também continuará, principalmente sobre as bases fixas e "non-working money", enquanto os investimentos em marcas e apoio às ações comerciais continuarão.

"Esperamos que nossas despesas administrativas cresçam abaixo da inflação enquanto nossas despesas com vendas e marketing deverão crescer dois dígitos, em linha com nossos investimentos relacionados a Copa do Mundo da Fifa de 2014", afirmou a Ambev.

A companhia também prevê que os custos de distribuição deverão crescer dois dígitos porcentuais, uma vez que o peso da distribuição direta continuará a crescer, incluindo o impacto resultante da expansão do último ano, e o crescimento de volume deve ser retomado. "Sendo assim, esperamos que o SG&A no Brasil cresça entre um dígito alto e dois dígitos baixos em 2014", conclui.

Com relação às operações internacionais, a Ambev continua vendo boas oportunidades para crescimento orgânico e não-orgânico da região HILA-ex; estão otimistas com Canadá, dado o fato de que em março a cerveja Corona será distribuída no país e na LAS, apesar das condições macroeconômicas desafiadoras, a companhia segue comprometida não só com as metas de longo prazo na região, mas também confiante na entrega de um crescimento sólido e rentável.

Acompanhe tudo sobre:AmbevBebidasbebidas-alcoolicasEmpresasEmpresas abertasEmpresas belgasInvestimentos de empresas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame