Afetadas pela pandemia, Aerolíneas Argentinas e Austral anunciam fusão
Objetivo é tentar reduzir custos no contexto do forte impacto que a pandemia do coronavírus tem no setor de aeronaves comerciais
AFP
Publicado em 5 de maio de 2020 às 18h27.
A principal companhia aérea da Argentina, a Aerolíneas Argentinas , e sua subsidiária Austral anunciaram nesta terça-feira o início de um processo de fusão para reduzir custos no contexto do forte impacto que a pandemia da covid-19 tem no setor de aeronaves comerciais.
"Hoje [terça-feira], através de uma carta endereçada aos trabalhadores de ambas as empresas, o presidente do grupo empresarial, Pablo Ceriani, anunciou a fusão da Aerolíneas Argentinas e Austral", relata comunicado divulgado em seu site.
O processo começará quando a assembleia de acionistas puder se reunir e deve terminar antes de 2021.
Privatizada em 1990 e de volta ao Estado em 2008, a Aerolíneas Argentinas é a maior companhia aérea do país da América do Sul, com 80 aeronaves.
Na rede do Twitter, Ceriani explicou que "a crise mundial da saúde no Covid-19 teve um impacto total na indústria aerocomercial".
A fusão busca reduzir a infraestrutura, uma vez que ambas as companhias aéreas têm sua própria área de manutenção para atender suas respectivas aeronaves.
Além disso, cada empresa tem seus pilotos, tripulação de cabine e pessoal de terra "duplicando estruturas organizacionais", de acordo com a carta aos funcionários.
A reorganização da empresa pode significar uma economia de até US$ 100 milhões, segundo a imprensa argentina.
A fusão também permitirá a criação de uma nova unidade de negócios para fornecer manutenção de aeronaves a outras empresas, bem como a uma unidade de negócios de carga.