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AES libera dinheiro para o Brasil e oferece parceria ao BNDES, diz WSJ

São Paulo, 14 de maio (Portal EXAME) Depois de decidir cancelar novos aportes de capital para suas empresas no Brasil, o grupo AES estaria disposto a liberar recursos para pagar em dinheiro parte da dívida vencida com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conforme divulgou nesta quarta-feira (14/5) o jornal americano The […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

São Paulo, 14 de maio (Portal EXAME) Depois de decidir cancelar novos aportes de capital para suas empresas no Brasil, o grupo AES estaria disposto a liberar recursos para pagar em dinheiro parte da dívida vencida com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conforme divulgou nesta quarta-feira (14/5) o jornal americano The Wall Street Journal. O pagamento em dinheiro faria parte de outra proposta elaborada pela companhia, após o BNDES anunciar na sexta-feira que irá executar as garantias oferecidas pela AES para os empréstimos que estão com os pagamentos em atraso.

O grupo AES detém o controle acionário da distribuidora paulista de energia Eletropaulo através das empresas AES Elpa (dona das ações ordinárias) e AES Transgás (que detém as ações preferenciais). Juntas, as duas empresas devem 1,23 bilhão de dólares ao banco e estão inadimplentes em 732 milhões de dólares. O dinheiro dos empréstimos foi usado para a AES comprar as ações da Eletropaulo e as garantias são essas mesmas ações. A Elpa deixou de pagar uma parcela de 85 milhões de dólares em janeiro e outra da 317 milhões de dólares em Abril. A Transgás, por sua vez, não quitou uma parcela de 330 milhões de dólares em fevereiro.

No novo plano de reestruturação das dívidas, detalhado pelo Tha Wall Street Journal, estaria prevista a unificação de duas das maiores empresas controladas pela AES no Brasil: a distribuidora Eletropaulo e a geradora AES Tietê, considerada um dos ativos mais saudáveis do grupo no Brasil. A nova companhia de energia seria controlada pela AES, mas teria uma participação do BNDES. Sozinha, a Eletropaulo responde hoje por cerca de 25% da receita da AES no mundo. O grupo também estaria disposto a incluir nas negociações a distribuidora de energia AES Sul, que serviria como garantia ao alongamento da dívida, diz o texto do The Wall Street Journal.

Mas a AES estaria disposta a encerrar as negociações não apenas para preservar um ativo importante, mas também para evitar novos percalços com o vencimento de outra dívida que o grupo tem que o BNDES. Trata-se de uma parcela no valor de 85 milhões de dólares, referente a um empréstimo de 700 milhões de dólares que a AES fez para entrar como acionista minoritário na Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Segundo diz o jornal americano a parcela vence nesta quinta-feira.

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