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Oculus dará retorno de 20 vezes para Spark e Matrix

Facebook decidiu ontem comprar a Oculus por até US$ 2,3 bilhões, o que deu ganho de 20 vezes do investido para as companhias

Oculus VR: empresa arrecadou US$ 2,44 milhões em agosto de 2012 no Kickstarter para um produto chamado Oculus Rift (Matthew Lloyd/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 23h44.

A Spark Capital investiu na Oculus VR em junho depois que os sócios da empresa compraram os óculos de realidade virtual on-line da companhia. A aposta terminou com um ganho de 20 vezes depois que a Facebook decidiu ontem comprar a Oculus por até US$ 2,3 bilhões, disseram fontes.

Os sócios da Spark e da Matrix investiram cada um cerca de US$ 19 milhões na Oculus em duas rodadas no ano passado, a primeira em junho e depois em dezembro, disseram as fontes, que solicitaram anonimato porque os valores não foram divulgados. As participações da empresa de capital de risco agora valem cerca de US$ 380 milhões cada, disseram.

A ascensão da Oculus foi rápida. A empresa, com sede em Irvine, Califórnia, arrecadou US$ 2,44 milhões em agosto de 2012 no site de financiamento coletivo Kickstarter para um produto chamado Oculus Rift. Ele foi apresentado como um fone de ouvido de realidade virtual para videogames que “permite que você entre em seu jogo preferido e explore novos mundos como nunca antes”. Mais de 9.500 pessoas apoiaram o projeto, de acordo com o site.

“Descobrimos a Oculus no Kickstarter, nos reunimos com um dos fundadores, mas o que realmente nos fascinou foi o produto”, disse Andrew Parker, sócio da Spark, em Boston, em entrevista no início deste mês. “Em primeiro lugar, somos geeks; depois, empreendedores capitalistas. Realmente gostamos de tecnologia e apreciamos a oportunidade de experimentar coisas novas”.

Parker deu crédito a seus colegas Nabeel Hyatt e Bijan Sabet por comprar os óculos Oculus e fazer com que outras pessoas da empresa brincassem com eles. A Spark também lucrou com apostas anteriores na Tumblr e na Twitter.

Mais dinheiro

Em dezembro, a Spark e a Matrix incorporaram a Andreessen Horowitz, que conduziu um investimento avaliado em US$ 300 milhões, disseram fontes. As três empresas possuem uma participação de cerca de 17 por cento, disseram.

Um representante da Oculus não respondeu a um e-mail que solicitava comentários.

O acordo de ontem inclui US$ 400 milhões em dinheiro e 23,1 milhões de ações da Facebook, além de outros US$ 300 milhões se determinadas metas forem atingidas.

A aquisição amplia a concorrência entre a Facebook, com sede em Menlo Park, Califórnia, e a Google para além da publicidade web. A Google, com sede em Mountain View, Califórnia, vende o Google Glass, os óculos conectados, e no mês passado comprou a fabricante de termostato digital Nest Labs por US$ 3,2 bilhões.

“O Google Glass oferece realidade aumentada, enquanto o Oculus oferece realidade virtual”, disse Chris Dixon, sócio da Andreessen Horowitz, em Menlo Park, e investidor anjo na Kickstarter. “A realidade virtual é a próxima grande plataforma, depois da móvel”.

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A Spark Capital investiu na Oculus VR em junho depois que os sócios da empresa compraram os óculos de realidade virtual on-line da companhia. A aposta terminou com um ganho de 20 vezes depois que a Facebook decidiu ontem comprar a Oculus por até US$ 2,3 bilhões, disseram fontes.

Os sócios da Spark e da Matrix investiram cada um cerca de US$ 19 milhões na Oculus em duas rodadas no ano passado, a primeira em junho e depois em dezembro, disseram as fontes, que solicitaram anonimato porque os valores não foram divulgados. As participações da empresa de capital de risco agora valem cerca de US$ 380 milhões cada, disseram.

A ascensão da Oculus foi rápida. A empresa, com sede em Irvine, Califórnia, arrecadou US$ 2,44 milhões em agosto de 2012 no site de financiamento coletivo Kickstarter para um produto chamado Oculus Rift. Ele foi apresentado como um fone de ouvido de realidade virtual para videogames que “permite que você entre em seu jogo preferido e explore novos mundos como nunca antes”. Mais de 9.500 pessoas apoiaram o projeto, de acordo com o site.

“Descobrimos a Oculus no Kickstarter, nos reunimos com um dos fundadores, mas o que realmente nos fascinou foi o produto”, disse Andrew Parker, sócio da Spark, em Boston, em entrevista no início deste mês. “Em primeiro lugar, somos geeks; depois, empreendedores capitalistas. Realmente gostamos de tecnologia e apreciamos a oportunidade de experimentar coisas novas”.

Parker deu crédito a seus colegas Nabeel Hyatt e Bijan Sabet por comprar os óculos Oculus e fazer com que outras pessoas da empresa brincassem com eles. A Spark também lucrou com apostas anteriores na Tumblr e na Twitter.

Mais dinheiro

Em dezembro, a Spark e a Matrix incorporaram a Andreessen Horowitz, que conduziu um investimento avaliado em US$ 300 milhões, disseram fontes. As três empresas possuem uma participação de cerca de 17 por cento, disseram.

Um representante da Oculus não respondeu a um e-mail que solicitava comentários.

O acordo de ontem inclui US$ 400 milhões em dinheiro e 23,1 milhões de ações da Facebook, além de outros US$ 300 milhões se determinadas metas forem atingidas.

A aquisição amplia a concorrência entre a Facebook, com sede em Menlo Park, Califórnia, e a Google para além da publicidade web. A Google, com sede em Mountain View, Califórnia, vende o Google Glass, os óculos conectados, e no mês passado comprou a fabricante de termostato digital Nest Labs por US$ 3,2 bilhões.

“O Google Glass oferece realidade aumentada, enquanto o Oculus oferece realidade virtual”, disse Chris Dixon, sócio da Andreessen Horowitz, em Menlo Park, e investidor anjo na Kickstarter. “A realidade virtual é a próxima grande plataforma, depois da móvel”.

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