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Vietnã anistia milhares de detentos e nenhum preso político

Entre os prisioneiros libertados estão assassinos e narcotraficantes, porém nenhum condenado por "propaganda contra o Estado" ou "intenção de derrotar o regime"

Homem em rua de Hanoi, no Vietnã: "O presidente vietnamita decidiu libertar 18.198 prisioneiros, porém nenhum deles está relacionado com a segurança nacional" (HOANG DINH NAM/AFP/GettyImages)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2015 às 11h50.

O Vietnã anunciou nesta sexta-feira a libertação de mais de 18,2 mil detidos, nenhum deles preso político, por ocasião do 70º aniversário da independência do país.

Entre os prisioneiros libertados estão assassinos e narcotraficantes, porém nenhum condenado por "propaganda contra o Estado" ou "intenção de derrotar o regime", duas acusações de que o governo muitas vezes utilizados contra os oponentes.

"O presidente vietnamita decidiu libertar 18.198 prisioneiros, porém nenhum deles está relacionado com a segurança nacional", declarou o vice-ministro de Segurança Pública, Le Quy Vuong, em uma entrevista coletiva em Hanói.

A maior anistia presidencial aconteceu em 2009, com 20.599 presos libertados, relembrou o vice-ministro.

"A anistia reflete a natureza humanitária do Estado e pretende convencer os detentos a se converter em cidadãos úteis", disse Gian Son, representante da presidência.

As organizações de defesa dos direitos humanos e os governos ocidentais criticam com frequência o Vietnã por sua repressão a dezenas de dissidentes encarcerados.

Dentre os anistiados desse ano, estão 34 estrangeiros, os quais seis são laocianos, um cambojano, um tailandês, dois australianos, 16 chineses, seis malaios e dois filipinos, cujos crimes não foram divulgados.

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Entre os prisioneiros libertados estão assassinos e narcotraficantes, porém nenhum condenado por "propaganda contra o Estado" ou "intenção de derrotar o regime", duas acusações de que o governo muitas vezes utilizados contra os oponentes.

"O presidente vietnamita decidiu libertar 18.198 prisioneiros, porém nenhum deles está relacionado com a segurança nacional", declarou o vice-ministro de Segurança Pública, Le Quy Vuong, em uma entrevista coletiva em Hanói.

A maior anistia presidencial aconteceu em 2009, com 20.599 presos libertados, relembrou o vice-ministro.

"A anistia reflete a natureza humanitária do Estado e pretende convencer os detentos a se converter em cidadãos úteis", disse Gian Son, representante da presidência.

As organizações de defesa dos direitos humanos e os governos ocidentais criticam com frequência o Vietnã por sua repressão a dezenas de dissidentes encarcerados.

Dentre os anistiados desse ano, estão 34 estrangeiros, os quais seis são laocianos, um cambojano, um tailandês, dois australianos, 16 chineses, seis malaios e dois filipinos, cujos crimes não foram divulgados.

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