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Venezuela questiona transferência de presidência do Mercosul

A chanceler da Venezuela questionou declarações de Malcorra de que os países fundadores do bloco iam se reunir para discutir planos futuros

Mercosul: "(Malcorra) é a mesma chanceler que desconheceu a transferência do Mercosul à Venezuela porque não houve cúpula de presidentes. O cinismo infinito tem memória curta" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Mercosul: "(Malcorra) é a mesma chanceler que desconheceu a transferência do Mercosul à Venezuela porque não houve cúpula de presidentes. O cinismo infinito tem memória curta" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 21h07.

Caracas - A ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez, criticou nesta sexta-feira sua homóloga da Argentina, Susana Malcorra, por seus planos de assumir a presidência rotativa do Mercosul no próximo dia 1º de janeiro sem uma cúpula entre os chefes de Estado dos países-membros.

Rodríguez questionou as declarações feitas ontem pela chanceler argentina nas quais indicou que os quatro países fundadores do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) se encontrarão na próxima semana em Buenos Aires para começar a discutir o plano de ação para o primeiro semestre de 2017.

"(Malcorra) é a mesma chanceler que desconheceu a transferência do Mercosul à Venezuela porque não houve cúpula de presidentes. O cinismo infinito tem memória curta", declarou a chanceler venezuelana.

A chefe da diplomacia argentina disse também ontem que a Venezuela não foi suspensa, mas afastada de sua participação no Mercosul devido ao fato de que não se adaptou às normas do bloco, quatro anos após de iniciar seu processo de adesão.

No entanto, o governo de Nicolás Maduro garantiu esta semana que seu país incorporou 1.479 normas do Mercosul à legislação legal interna, o que equivale a 95% da legislação que os Estados devem cumprir para sua adesão ao bloco.

No último dia 2 de dezembro, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai comunicaram à Venezuela que esta parava de exercer seus "direitos inerentes" como Estado parte do bloco regional, após ter descumprido, segundo eles, as obrigações assumidas no Protocolo de Adesão.

No entanto, a chanceler venezuelana negou nesse mesmo dia que seu país tenha sido suspenso e assegurou que exercia plenamente a presidência temporária do bloco.

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