Venezuela ordena prisão de opositor após mortes em protestos
Tribunal ordenou a prisão de Leopoldo López por acusações que incluem assassinato e terrorismo
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 17h03.
Caracas - Um tribunal venezuelano ordenou a prisão nesta quinta-feira do líder oposicionista Leopoldo López por acusações que incluem assassinato e terrorismo relacionados a manifestações de rua que resultaram na morte de três pessoas na quarta-feira.
López, educado nos Estados Unidos, ajudou durante duas semanas a organizar manifestações esporádicas pelo país para protestar contra o presidente Nicolás Maduro pela criminalidade, escassez de produtos e o fracasso em controlar a inflação, e prometeu retirá-lo do cargo.
Maduro o acusa de buscar a violência para tentar dar um golpe similar ao que 12 anos atrás tirou do poder por breve período o falecido presidente Hugo Chávez, embora haja poucos indícios de que os protestos possam derrubá-lo.
"Sem dúvida, a violência foi criada por grupos pequenos coordenados, exaltados e financiados por Leopoldo López", disse Jorge Rodríguez, líder do governista Partido Socialista e prefeito da área de Caracas onde na quarta-feira ocorreram as maiores passeatas.
Pouco antes de um tribunal de Caracas confirmar um pedido do Ministério Público para ordenar a prisão de López, o líder oposicionista acusou partidários armados do governo de disparar contra manifestantes pacíficos.
"O governo está jogando a cartada da violência, e não é a primeira vez. Eles estão me acusando sem nenhuma prova... Eu tenho a consciência limpa porque nós defendemos a paz", disse López à Reuters.
"Nós não vamos recuar e não podemos recuar porque se trata de nosso futuro, de nossos filhos, de milhões de pessoas." Nesta quinta-feira, López estava com seus advogados em sua casa no distrito de Chachao, região de alto poder aquisitivo e da qual ele foi prefeito, informou seu partido, chamado Vontade Popular.
"Chega de Sangue"
A capital da Venezuela estava amplamente calma nesta quinta-feira, já que boa parte da população permaneceu em casa. Houve, contudo, pequenas manifestações, incluindo uma de cerca de 200 estudantes que bloquearam uma via em frente a uma universidade no leste da cidade.
"Nós queremos soluções para os problemas, não confrontos sem fim e violência", disse o estudante Manuel Armas, de 19 anos, diante da Universidade Alejandro Humboldt, onde manifestantes portavam faixas com a inscrição "Chega de Sangue".
Havia também estudantes nas ruas no Estado de Táchira, no oeste do país, queimando pneus e bloqueando ruas.
Passado quase um ano da morte de Chávez, o derramamento de sangue em Caracas na quarta-feira foi a última demonstração da polarização na Venezuela e de mútua desconfiança entre ambos os campos políticos.
Os mortos incluem dois estudantes que participavam do protesto e um ativista comunitário de um bairro alinhado com o governo no extremo oeste de Caracas, uma região pobre.
Os confrontos na quarta-feira deixaram 66 feridos, 70 presos, alguns veículos policiais incendiados e escritórios do governo vandalizados, disseram autoridades.
Bolívia, Cuba e Argentina, três aliados políticos de esquerda da Venezuela na América Latina, enviaram mensagens de solidariedade ao governo de Maduro.
Caracas - Um tribunal venezuelano ordenou a prisão nesta quinta-feira do líder oposicionista Leopoldo López por acusações que incluem assassinato e terrorismo relacionados a manifestações de rua que resultaram na morte de três pessoas na quarta-feira.
López, educado nos Estados Unidos, ajudou durante duas semanas a organizar manifestações esporádicas pelo país para protestar contra o presidente Nicolás Maduro pela criminalidade, escassez de produtos e o fracasso em controlar a inflação, e prometeu retirá-lo do cargo.
Maduro o acusa de buscar a violência para tentar dar um golpe similar ao que 12 anos atrás tirou do poder por breve período o falecido presidente Hugo Chávez, embora haja poucos indícios de que os protestos possam derrubá-lo.
"Sem dúvida, a violência foi criada por grupos pequenos coordenados, exaltados e financiados por Leopoldo López", disse Jorge Rodríguez, líder do governista Partido Socialista e prefeito da área de Caracas onde na quarta-feira ocorreram as maiores passeatas.
Pouco antes de um tribunal de Caracas confirmar um pedido do Ministério Público para ordenar a prisão de López, o líder oposicionista acusou partidários armados do governo de disparar contra manifestantes pacíficos.
"O governo está jogando a cartada da violência, e não é a primeira vez. Eles estão me acusando sem nenhuma prova... Eu tenho a consciência limpa porque nós defendemos a paz", disse López à Reuters.
"Nós não vamos recuar e não podemos recuar porque se trata de nosso futuro, de nossos filhos, de milhões de pessoas." Nesta quinta-feira, López estava com seus advogados em sua casa no distrito de Chachao, região de alto poder aquisitivo e da qual ele foi prefeito, informou seu partido, chamado Vontade Popular.
"Chega de Sangue"
A capital da Venezuela estava amplamente calma nesta quinta-feira, já que boa parte da população permaneceu em casa. Houve, contudo, pequenas manifestações, incluindo uma de cerca de 200 estudantes que bloquearam uma via em frente a uma universidade no leste da cidade.
"Nós queremos soluções para os problemas, não confrontos sem fim e violência", disse o estudante Manuel Armas, de 19 anos, diante da Universidade Alejandro Humboldt, onde manifestantes portavam faixas com a inscrição "Chega de Sangue".
Havia também estudantes nas ruas no Estado de Táchira, no oeste do país, queimando pneus e bloqueando ruas.
Passado quase um ano da morte de Chávez, o derramamento de sangue em Caracas na quarta-feira foi a última demonstração da polarização na Venezuela e de mútua desconfiança entre ambos os campos políticos.
Os mortos incluem dois estudantes que participavam do protesto e um ativista comunitário de um bairro alinhado com o governo no extremo oeste de Caracas, uma região pobre.
Os confrontos na quarta-feira deixaram 66 feridos, 70 presos, alguns veículos policiais incendiados e escritórios do governo vandalizados, disseram autoridades.
Bolívia, Cuba e Argentina, três aliados políticos de esquerda da Venezuela na América Latina, enviaram mensagens de solidariedade ao governo de Maduro.