Venezuela considera degradante posição de Obama sobre Chávez
Villegas se referiu a declarações de Obama ''sobre o presidente Hugo Chávez e a Venezuela emitidas da cidade de Miami''
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 19h42.
Caracas - O governo da Venezuela classificou nesta sexta-feira de degradantes as declarações do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que preferiu não comentar o estado de saúde de Hugo Chávez, criticou suas políticas ''de repressão da dissidência'' e o responsabilizou pela deterioração das relações entre os dois países.
''O governo bolivariano exige respeito do presidente dos Estados Unidos e dos funcionários de seu governo à dignidade do povo da Venezuela, às suas instituições e muito especialmente à pessoa do comandante Hugo Chávez'', afirmou um comunicado lido pelo ministro das Comunicações, Ernesto Villlegas.
Ao citar os resultados de um conselho de ministros celebrado hoje, Villegas se referiu a declarações de Obama ''sobre o presidente Hugo Chávez e a Venezuela emitidas da cidade de Miami''.
Em entrevista para uma televisão local, o governante americano evitou se pronunciar sobre a saúde de Chávez mas disse que os venezuelanos devem ter direito de decidir sobre seu futuro.
''Obviamente o mais importante que devemos lembrar é que o futuro da Venezuela deveria estar nas mãos dos venezuelanos'', disse Obama para a ''Univision''. O presidente afirmou ainda que seu governo viu ''políticas de Chávez autoritárias e de repressão da dissidência''.
Segundo o Executivo venezuelano, ''com suas declarações infames neste momento tão delicado para a Venezuela'', Obama ''assume a responsabilidade de levar as relações bilaterais para uma deterioração maior, deixando em evidência a continuidade de sua política de agressão e falta de respeito'' para o país sul-americano.
No final de 2010, os EUA revogou o visto do então embaixador venezuelano Bernardo Álvarez em resposta à decisão da Venezuela de não aceitar como embaixador Larry Palmer, vetado pelo governo.
Neste momento, as embaixadas dos dois países são comandadas por encarregados de negócios. Os EUA são os principais parceiros comercial da Venezuela.
Na nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores disse que a Venezuela ''se transformou, sob a condução do comandante Hugo Chávez, em uma democracia autêntica, graças a qual o povo da Venezuela exerce amplamente liberdades e direitos que a sociedade americana está ainda muito longe de alcançar''.
Além disso, o comunicado disse que o povo reelegeu Chávez em 7 de outubro ''após um processo eleitoral que alcançou o mais alto nível de participação da história política da Venezuela, e que suscitou o reconhecimento e a felicitação do mundo inteiro, muito longe das dúvidas e reservas que gera o arcaico sistema eleitoral americano''.
''Pela primeira vez em 200 anos de independência, o povo venezuelano está construindo seu próprio destino graças à Revolução Bolivariana'', acrescentou a nota.
Chávez, de 58 anos, está em Havana, onde se submeteu na terça-feira a quarta intervenção cirúrgica em 18 meses após confirmar que foi detectada uma recidiva do câncer que padece e cuja tipologia e localização jamais foram reveladas. EFE
Caracas - O governo da Venezuela classificou nesta sexta-feira de degradantes as declarações do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que preferiu não comentar o estado de saúde de Hugo Chávez, criticou suas políticas ''de repressão da dissidência'' e o responsabilizou pela deterioração das relações entre os dois países.
''O governo bolivariano exige respeito do presidente dos Estados Unidos e dos funcionários de seu governo à dignidade do povo da Venezuela, às suas instituições e muito especialmente à pessoa do comandante Hugo Chávez'', afirmou um comunicado lido pelo ministro das Comunicações, Ernesto Villlegas.
Ao citar os resultados de um conselho de ministros celebrado hoje, Villegas se referiu a declarações de Obama ''sobre o presidente Hugo Chávez e a Venezuela emitidas da cidade de Miami''.
Em entrevista para uma televisão local, o governante americano evitou se pronunciar sobre a saúde de Chávez mas disse que os venezuelanos devem ter direito de decidir sobre seu futuro.
''Obviamente o mais importante que devemos lembrar é que o futuro da Venezuela deveria estar nas mãos dos venezuelanos'', disse Obama para a ''Univision''. O presidente afirmou ainda que seu governo viu ''políticas de Chávez autoritárias e de repressão da dissidência''.
Segundo o Executivo venezuelano, ''com suas declarações infames neste momento tão delicado para a Venezuela'', Obama ''assume a responsabilidade de levar as relações bilaterais para uma deterioração maior, deixando em evidência a continuidade de sua política de agressão e falta de respeito'' para o país sul-americano.
No final de 2010, os EUA revogou o visto do então embaixador venezuelano Bernardo Álvarez em resposta à decisão da Venezuela de não aceitar como embaixador Larry Palmer, vetado pelo governo.
Neste momento, as embaixadas dos dois países são comandadas por encarregados de negócios. Os EUA são os principais parceiros comercial da Venezuela.
Na nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores disse que a Venezuela ''se transformou, sob a condução do comandante Hugo Chávez, em uma democracia autêntica, graças a qual o povo da Venezuela exerce amplamente liberdades e direitos que a sociedade americana está ainda muito longe de alcançar''.
Além disso, o comunicado disse que o povo reelegeu Chávez em 7 de outubro ''após um processo eleitoral que alcançou o mais alto nível de participação da história política da Venezuela, e que suscitou o reconhecimento e a felicitação do mundo inteiro, muito longe das dúvidas e reservas que gera o arcaico sistema eleitoral americano''.
''Pela primeira vez em 200 anos de independência, o povo venezuelano está construindo seu próprio destino graças à Revolução Bolivariana'', acrescentou a nota.
Chávez, de 58 anos, está em Havana, onde se submeteu na terça-feira a quarta intervenção cirúrgica em 18 meses após confirmar que foi detectada uma recidiva do câncer que padece e cuja tipologia e localização jamais foram reveladas. EFE