Venezuela acusa Argentina de ingerência em questões internas
A chanceler disse a Macri que, ao pedir a libertação dos políticos detidos, ele está defendendo a "violência política"
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2015 às 13h15.
Assunção - A chanceler da Venezuela , Delcy Rodríguez, acusou o presidente da Argentina , Mauricio Macri, de "ingerências" após ele pedir, durante a Cúpula do Mercosul, a libertação dos presos políticos em seu país.
Rodríguez, que representa na cúpula realizada em Assunção o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, respondeu a Macri mostrando fotos de pessoas armadas que, segundo ela, foram tiradas em manifestações em 2014 que a oposição organizou e classificou como sendo de caráter pacífico, mas nas quais algumas de suas lideranças foram presas.
A chanceler disse a Macri que, ao pedir a libertação dos políticos detidos, ele está defendendo a "violência política".
Rodríguez se disse disposta a debater com ele sobre direitos humanos com "sinceridade e franqueza" e "sem dupla moral".
"Estes são os protestos pacíficos de 2014 para os que não o tinham visto (...) incendiaram o Ministério Público, incendiaram serviços públicos essenciais, atentaram contra o acesso dos e das venezuelanas a alimentação, educação, 19 universidades foram incendiadas", disse Rodríguez, mostrando as fotos aos participantes da cúpula semestral do Mercosul.
Maduro é o único dos líderes dos países do bloco, também formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, que não está nesta reunião semestral. Também participam do encontro a Bolívia - país em trâmite de adesão - e do Chile, Estado associado ao bloco.
"Se vamos falar de direitos humanos, vamos falar com sinceridade, nós estamos na primeira fila para esse debate", destacou a chanceler venezuelana em discurso.
"Na Venezuela existem poderes públicos independentes que devem ser respeitados pela comunidade internacional se realmente respeitarmos os princípios fundamentais do direitos internacional", afirmou.
Rodríguez acusou Macri de ter anunciado que vai "libertar responsáveis por torturas na ditadura" e de ter acusado a presidente da organização Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, de "convocar manifestações".
"Se vamos falar de direitos humanos de forma franca como pede Macri, temos que fazê-lo sem dupla moral", frisou.
Mais cedo, Macri, que participa pela primeira vez de uma cúpula do Mercosul, pediu perante seus colegas "a rápida libertação dos presos políticos na Venezuela", alegando que "nos países-membros não pode haver lugar para perseguição política por motivações ideológicas ou por pensar diferente".
A oposição venezuelana contabiliza mais de 75 presos que considera "políticos", entre eles Leopoldo López, líder do partido Vontade Popular, condenado a quase 14 anos de prisão pelos casos de violência ocorridos após uma manifestação, e Antonio Lezzma, prefeito metropolitano de Caracas.
Assunção - A chanceler da Venezuela , Delcy Rodríguez, acusou o presidente da Argentina , Mauricio Macri, de "ingerências" após ele pedir, durante a Cúpula do Mercosul, a libertação dos presos políticos em seu país.
Rodríguez, que representa na cúpula realizada em Assunção o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, respondeu a Macri mostrando fotos de pessoas armadas que, segundo ela, foram tiradas em manifestações em 2014 que a oposição organizou e classificou como sendo de caráter pacífico, mas nas quais algumas de suas lideranças foram presas.
A chanceler disse a Macri que, ao pedir a libertação dos políticos detidos, ele está defendendo a "violência política".
Rodríguez se disse disposta a debater com ele sobre direitos humanos com "sinceridade e franqueza" e "sem dupla moral".
"Estes são os protestos pacíficos de 2014 para os que não o tinham visto (...) incendiaram o Ministério Público, incendiaram serviços públicos essenciais, atentaram contra o acesso dos e das venezuelanas a alimentação, educação, 19 universidades foram incendiadas", disse Rodríguez, mostrando as fotos aos participantes da cúpula semestral do Mercosul.
Maduro é o único dos líderes dos países do bloco, também formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, que não está nesta reunião semestral. Também participam do encontro a Bolívia - país em trâmite de adesão - e do Chile, Estado associado ao bloco.
"Se vamos falar de direitos humanos, vamos falar com sinceridade, nós estamos na primeira fila para esse debate", destacou a chanceler venezuelana em discurso.
"Na Venezuela existem poderes públicos independentes que devem ser respeitados pela comunidade internacional se realmente respeitarmos os princípios fundamentais do direitos internacional", afirmou.
Rodríguez acusou Macri de ter anunciado que vai "libertar responsáveis por torturas na ditadura" e de ter acusado a presidente da organização Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, de "convocar manifestações".
"Se vamos falar de direitos humanos de forma franca como pede Macri, temos que fazê-lo sem dupla moral", frisou.
Mais cedo, Macri, que participa pela primeira vez de uma cúpula do Mercosul, pediu perante seus colegas "a rápida libertação dos presos políticos na Venezuela", alegando que "nos países-membros não pode haver lugar para perseguição política por motivações ideológicas ou por pensar diferente".
A oposição venezuelana contabiliza mais de 75 presos que considera "políticos", entre eles Leopoldo López, líder do partido Vontade Popular, condenado a quase 14 anos de prisão pelos casos de violência ocorridos após uma manifestação, e Antonio Lezzma, prefeito metropolitano de Caracas.