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Vendas russas de armamentos dispararam em 2013

Vendas de fabricantes russas de armamentos dispararam 20 por cento em 2013, resistindo a uma desaceleração que afetou outras indústrias do país

Armas: dados da Rússia foram fortes o suficiente para desacelerar um declínio de três anos nas vendas globais de armas (David Mcnew/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 09h02.

Estocolmo - As vendas de fabricantes russas de armamentos dispararam 20 por cento em 2013, resistindo a uma desaceleração que afetou outras indústrias do país, em grande parte graças aos esforços do Kremlin para modernizar suas forças militares, disse o grupo de estudos Sipri nesta segunda-feira.

Os dados da Rússia foram fortes o suficiente para desacelerar um declínio de três anos nas vendas globais de armas causado, principalmente, pela retirada dos Estados Unidos do Iraque e do Afeganistão, e da crise econômica na Europa, afirmou Siemon Wezeman, pesquisador do Sipri.

“Estes notáveis aumentos nas vendas das companhias russas de armamentos, tanto em 2012 quanto em 2013, são, em grande parte, devido a investimentos ininterruptos de compras militares pelo governo russo durante os anos 2000”, acrescentou Wezeman.

O presidente russo, Vladimir Putin, aumentou os gastos com defesa desde que chegou ao poder em 2000, vendo a reconstrução das forças armadas como uma parte central de suas tentativas para restaurar a posição da Rússia no cenário mundial.

O estudo do Instituto Internacional de Estocolmo para Pesquisa da Paz (Sipri) sobre as 100 maiores fabricantes de armas do mundo, excluindo companhias chinesas, mostrou que a receita combinada caiu 2 por cento, para 402 bilhões de dólares, em 2013, reduzindo o declínio de 4 por cento apurado em 2012.

As vendas de alguns dos maiores fornecedores do mundo nos Estados Unidos e no Canadá continuaram a cair. Na Europa Ocidental os dados foram misturados, com aumento das vendas na França, estabilidade na Grã-Bretanha e queda na Espanha e na Itália.

Wezeman disse à Reuters que algumas das recentes quedas na Europa foram causadas por uma percepção de que antes havia menores riscos de ameaças militares.  “Em 2014, a percepção de ameaça começou a mudar. As ações da Rússia acordaram muitos países europeus… e isso provavelmente vai se traduzir em compras adicionais em 2015”, acrescentou.

A Rússia anexou a região da Crimeia, antes da Ucrânia, em março e potências ocidentais acusaram o país e apoiar e armar rebeldes separatistas no leste ucraniano - uma acusação negada por Moscou.

No topo do ranking global estava a Lockheed Martin, seguida pela Boeing, ambas dos Estados Unidos, ao passo que a britânica BAE Systems ficou em terceiro.  O Sipri registrou forte crescimento em alguns fornecedores em países emergentes, incluindo Coreia do Sul, Brasil e Turquia. Companhias com sede na China não são incluídas porque, segundo o grupo de estudos, faltam dados confiáveis.

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Estocolmo - As vendas de fabricantes russas de armamentos dispararam 20 por cento em 2013, resistindo a uma desaceleração que afetou outras indústrias do país, em grande parte graças aos esforços do Kremlin para modernizar suas forças militares, disse o grupo de estudos Sipri nesta segunda-feira.

Os dados da Rússia foram fortes o suficiente para desacelerar um declínio de três anos nas vendas globais de armas causado, principalmente, pela retirada dos Estados Unidos do Iraque e do Afeganistão, e da crise econômica na Europa, afirmou Siemon Wezeman, pesquisador do Sipri.

“Estes notáveis aumentos nas vendas das companhias russas de armamentos, tanto em 2012 quanto em 2013, são, em grande parte, devido a investimentos ininterruptos de compras militares pelo governo russo durante os anos 2000”, acrescentou Wezeman.

O presidente russo, Vladimir Putin, aumentou os gastos com defesa desde que chegou ao poder em 2000, vendo a reconstrução das forças armadas como uma parte central de suas tentativas para restaurar a posição da Rússia no cenário mundial.

O estudo do Instituto Internacional de Estocolmo para Pesquisa da Paz (Sipri) sobre as 100 maiores fabricantes de armas do mundo, excluindo companhias chinesas, mostrou que a receita combinada caiu 2 por cento, para 402 bilhões de dólares, em 2013, reduzindo o declínio de 4 por cento apurado em 2012.

As vendas de alguns dos maiores fornecedores do mundo nos Estados Unidos e no Canadá continuaram a cair. Na Europa Ocidental os dados foram misturados, com aumento das vendas na França, estabilidade na Grã-Bretanha e queda na Espanha e na Itália.

Wezeman disse à Reuters que algumas das recentes quedas na Europa foram causadas por uma percepção de que antes havia menores riscos de ameaças militares.  “Em 2014, a percepção de ameaça começou a mudar. As ações da Rússia acordaram muitos países europeus… e isso provavelmente vai se traduzir em compras adicionais em 2015”, acrescentou.

A Rússia anexou a região da Crimeia, antes da Ucrânia, em março e potências ocidentais acusaram o país e apoiar e armar rebeldes separatistas no leste ucraniano - uma acusação negada por Moscou.

No topo do ranking global estava a Lockheed Martin, seguida pela Boeing, ambas dos Estados Unidos, ao passo que a britânica BAE Systems ficou em terceiro.  O Sipri registrou forte crescimento em alguns fornecedores em países emergentes, incluindo Coreia do Sul, Brasil e Turquia. Companhias com sede na China não são incluídas porque, segundo o grupo de estudos, faltam dados confiáveis.

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