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Uribe chama Chávez de "covarde"

"Hoje, como antes, insulta à distância, de frente desmaiaria, as pernas tremeriam e ficaria pálido", escreveu o ex-governante colombiano sobre Chávez

Ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe: segundo Uribe, o presidente venezuelano "insultava a 3 mil quilômetros de distância e de frente não encarava os problemas, corria" (©AFP / Ernesto Benavides)
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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2012 às 18h33.

Bogotá - O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe disse nesta quarta-feira que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez , entre outras coisas, é um "covarde" que insulta "a distância" e o acusou também de ter "medo" das Farc.

Em uma série de cinco mensagens em sua conta da rede Twitter, Uribe (que governou de 2002 a 2010) respondeu a Chávez por sua afirmação de que para o colombiano não faltou tempo mas "colhões" para lançar um ataque contra as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em solo venezuelano.

"Hoje, como antes, insulta à distância, de frente desmaiaria, as pernas tremeriam e ficaria pálido", escreveu o ex-governante colombiano sobre Chávez.

Uribe acrescentou que em Cancun (México), aonde foi em fevereiro de 2010 para uma cúpula presidencial latino-americana e caribenha, Chávez "correu dos problemas".

Os governos da Colômbia e da Venezuela passavam na época por um de seus momentos diplomáticos mais complicados pelas denúncias colombianas de que havia acampamentos das Farc em território venezuelano e conivência do Executivo de Chávez com os guerrilheiros, algo que levou depois à ruptura de relações.

Em Cancun "tive que dizer a ele "seja macho, não vá"", continuou o ex-presidente colombiano.

Segundo Uribe, o presidente venezuelano "insultava a 3 mil quilômetros de distância e de frente não encarava os problemas, corria".

Em outro de seus posts na mesma rede, Uribe sustentou: "por medo das Farc não os prendia e nos dizia que os tirássemos da Venezuela, como fizemos com Granda".


Rodrigo Granda, conhecido como "o chanceler" das Farc, foi detido em dezembro de 2004 em uma operação colombiana em Caracas, o que suscitou a primeira crise diplomática de relevância entre os dois países.

O líder guerrilheiro, que se declarou posteriormente "sequestrado" por autoridades colombianas, foi transferido imediatamente a seu país, mas em junho de 2007 recebeu a liberdade por ordem de Uribe.

O então presidente colombiano o libertou por solicitação do agora ex-governante francês Nicolas Sarkozy para que ajudasse na libertação de reféns das Farc, entre eles a ex-candandita presidencial Ingrid Betancourt, franco-colombiana, que foi resgatada em 2008 junto com três americanos e 11 policiais e militares.

"Quando capturamos Granda, das Farc, na Venezuela, por medo desses terroristas, gerou uma crise com a Colômbia", opinou Uribe.

"Quando capturávamos um terrorista na Venezuela, nos dizia de maneira covarde que ele o tinha entregado", insistiu Uribe, que abriu um novo capítulo em seu enfrentamento pessoal com Chávez no último dia 13 durante um ato público em uma universidade de Medellín.

Uribe expôs então que no final de seu segundo mandato obteve "novas provas de acampamentos guerrilheiros na Venezuela" e o disse ao presidente eleito Juan Manuel Santos, que o acompanhou como ministro da Defesa e que tão logo assumiu o poder se comprometeu com o restabelecimento das relações com Chávez.

"Tinha três opções: fazer as denúncias, ficar calado, e a outra opção era uma operação militar na Venezuela. Me faltou tempo", afirmou Uribe.

O presidente venezuelano lhe contestou na terça-feira que "não é que lhe faltou tempo(...) lhe faltaram colhões ao cavalheiro".

Para Chávez, detrás de Uribe esteve "a mão da extrema direita imperial tentando gerar uma guerra, mas não se atreveu, teve bastante tempo".

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Em uma série de cinco mensagens em sua conta da rede Twitter, Uribe (que governou de 2002 a 2010) respondeu a Chávez por sua afirmação de que para o colombiano não faltou tempo mas "colhões" para lançar um ataque contra as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em solo venezuelano.

"Hoje, como antes, insulta à distância, de frente desmaiaria, as pernas tremeriam e ficaria pálido", escreveu o ex-governante colombiano sobre Chávez.

Uribe acrescentou que em Cancun (México), aonde foi em fevereiro de 2010 para uma cúpula presidencial latino-americana e caribenha, Chávez "correu dos problemas".

Os governos da Colômbia e da Venezuela passavam na época por um de seus momentos diplomáticos mais complicados pelas denúncias colombianas de que havia acampamentos das Farc em território venezuelano e conivência do Executivo de Chávez com os guerrilheiros, algo que levou depois à ruptura de relações.

Em Cancun "tive que dizer a ele "seja macho, não vá"", continuou o ex-presidente colombiano.

Segundo Uribe, o presidente venezuelano "insultava a 3 mil quilômetros de distância e de frente não encarava os problemas, corria".

Em outro de seus posts na mesma rede, Uribe sustentou: "por medo das Farc não os prendia e nos dizia que os tirássemos da Venezuela, como fizemos com Granda".


Rodrigo Granda, conhecido como "o chanceler" das Farc, foi detido em dezembro de 2004 em uma operação colombiana em Caracas, o que suscitou a primeira crise diplomática de relevância entre os dois países.

O líder guerrilheiro, que se declarou posteriormente "sequestrado" por autoridades colombianas, foi transferido imediatamente a seu país, mas em junho de 2007 recebeu a liberdade por ordem de Uribe.

O então presidente colombiano o libertou por solicitação do agora ex-governante francês Nicolas Sarkozy para que ajudasse na libertação de reféns das Farc, entre eles a ex-candandita presidencial Ingrid Betancourt, franco-colombiana, que foi resgatada em 2008 junto com três americanos e 11 policiais e militares.

"Quando capturamos Granda, das Farc, na Venezuela, por medo desses terroristas, gerou uma crise com a Colômbia", opinou Uribe.

"Quando capturávamos um terrorista na Venezuela, nos dizia de maneira covarde que ele o tinha entregado", insistiu Uribe, que abriu um novo capítulo em seu enfrentamento pessoal com Chávez no último dia 13 durante um ato público em uma universidade de Medellín.

Uribe expôs então que no final de seu segundo mandato obteve "novas provas de acampamentos guerrilheiros na Venezuela" e o disse ao presidente eleito Juan Manuel Santos, que o acompanhou como ministro da Defesa e que tão logo assumiu o poder se comprometeu com o restabelecimento das relações com Chávez.

"Tinha três opções: fazer as denúncias, ficar calado, e a outra opção era uma operação militar na Venezuela. Me faltou tempo", afirmou Uribe.

O presidente venezuelano lhe contestou na terça-feira que "não é que lhe faltou tempo(...) lhe faltaram colhões ao cavalheiro".

Para Chávez, detrás de Uribe esteve "a mão da extrema direita imperial tentando gerar uma guerra, mas não se atreveu, teve bastante tempo".

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