4 milhões de crianças latinas não estão registradas
Segundo relatório da Unicef, crianças não têm certidão de nascimento nem documento de registro de existência
Da Redação
Publicado em 11 de dezembro de 2013 às 21h49.
Nações Unidas - Um relatório da Unicef apresentado nesta quarta-feira afirma que quatro milhões de crianças da América Latina não têm certidão de nascimento nem documento de registro de existência, apesar de destacar que a região tem um alto nível de registros.
"Isto demonstra que os altos níveis de registros de nascimentos são possíveis também nos países pobres e menos desenvolvidos", disse a subdiretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Geeta Rao Gupta, ao apresentar o relatório.
O estudo mostra que 92% dos meninos e meninas nascidos na América Latina são registrados por seus parentes. Além disso, revela que no mundo todo há quase 230 milhões de crianças sem certidão de nascimento.
Desta forma, a América Latina e o Caribe são a segunda região do mundo com maior número de menores de cinco anos registrados, só atrás dos países da Europa Central e do Leste e da Comunidade dos Estados Independentes, com 98%.
Entre os anos 2000 e 2010 aumentou em 10% o número de registros de nascimentos na América Latina, uma região que se comprometeu em 2011 a alcançar o registro "universal" e "gratuito" para o ano de 2015.
A Unicef detalha em seu relatório que há países como Chile, Cuba e Uruguai que já atingiram o objetivo de registro universal de nascimentos, enquanto continuam os avanços em outros como Argentina, Colômbia e Peru.
Os responsáveis do estudo destacaram o caso concreto do Brasil, onde nas últimas duas décadas foram feitos "progressos importantes" ao passar de 64% de menores registrados no ano 2000 para 93% em 2010.
"O registro do nascimento é a chave para garantir que não se esqueçam das crianças, que não as privem de seus direitos nem se as ocultem do progresso de suas nações", disse a subdiretora executiva do Unicef.
Em nível mundial, apenas 60% de todos os recém-nascidos foram registrados em 2012 e as taxas variam consideravelmente entre regiões. Os níveis mais baixos são na Ásia meridional e na África Subsaariana.
"As crianças não registradas ao nascer ou que carecem de documentos de identificação são excluídas, com frequência, do acesso à educação, ao atendimento de saúde e à seguridade social", segundo o estudo.
Além disso, o relatório adverte que, quando isso ocorre, as crianças ficam separadas das famílias durante desastres naturais ou conflitos, e a reunificação torna-se mais difícil pela falta de uma documentação oficial.
"As sociedades nunca serão equitativas e inclusivas até que sejam registradas todas as crianças. O registro tem consequências duradouras, não só para o bem-estar da criança, mas também para o desenvolvimento de suas comunidades e países", concluiu Geeta Rao Gupta.
Nações Unidas - Um relatório da Unicef apresentado nesta quarta-feira afirma que quatro milhões de crianças da América Latina não têm certidão de nascimento nem documento de registro de existência, apesar de destacar que a região tem um alto nível de registros.
"Isto demonstra que os altos níveis de registros de nascimentos são possíveis também nos países pobres e menos desenvolvidos", disse a subdiretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Geeta Rao Gupta, ao apresentar o relatório.
O estudo mostra que 92% dos meninos e meninas nascidos na América Latina são registrados por seus parentes. Além disso, revela que no mundo todo há quase 230 milhões de crianças sem certidão de nascimento.
Desta forma, a América Latina e o Caribe são a segunda região do mundo com maior número de menores de cinco anos registrados, só atrás dos países da Europa Central e do Leste e da Comunidade dos Estados Independentes, com 98%.
Entre os anos 2000 e 2010 aumentou em 10% o número de registros de nascimentos na América Latina, uma região que se comprometeu em 2011 a alcançar o registro "universal" e "gratuito" para o ano de 2015.
A Unicef detalha em seu relatório que há países como Chile, Cuba e Uruguai que já atingiram o objetivo de registro universal de nascimentos, enquanto continuam os avanços em outros como Argentina, Colômbia e Peru.
Os responsáveis do estudo destacaram o caso concreto do Brasil, onde nas últimas duas décadas foram feitos "progressos importantes" ao passar de 64% de menores registrados no ano 2000 para 93% em 2010.
"O registro do nascimento é a chave para garantir que não se esqueçam das crianças, que não as privem de seus direitos nem se as ocultem do progresso de suas nações", disse a subdiretora executiva do Unicef.
Em nível mundial, apenas 60% de todos os recém-nascidos foram registrados em 2012 e as taxas variam consideravelmente entre regiões. Os níveis mais baixos são na Ásia meridional e na África Subsaariana.
"As crianças não registradas ao nascer ou que carecem de documentos de identificação são excluídas, com frequência, do acesso à educação, ao atendimento de saúde e à seguridade social", segundo o estudo.
Além disso, o relatório adverte que, quando isso ocorre, as crianças ficam separadas das famílias durante desastres naturais ou conflitos, e a reunificação torna-se mais difícil pela falta de uma documentação oficial.
"As sociedades nunca serão equitativas e inclusivas até que sejam registradas todas as crianças. O registro tem consequências duradouras, não só para o bem-estar da criança, mas também para o desenvolvimento de suas comunidades e países", concluiu Geeta Rao Gupta.