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Ucrânia se prepara para posse de Poroshenko

A Ucrânia se prepara para a posse do novo presidente, Petro Poroshenko, em meio a combates

Petro Poroshenko, o presidente da Ucrânia: Poroshenko será empossado amanhã (David Mdzinarishvili/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2014 às 13h41.

Kiev - A Ucrânia se prepara para a posse amanhã do novo presidente, Petro Poroshenko, em meio aos combates entre o exército e os insurgentes pró-russos nas regiões rebeldes do sudeste do país.

Enquanto Poroshenko abordava pela primeira vez a possibilidade de estabelecer um cessar-fogo com os pró-russos em um breve encontro com o chefe do Kremlin, Vladimir Putin , na Normandia (França), na rebelde região de Donetsk continuavam hoje as hostilidades.

Segundo disseram os milicianos rebeldes, as forças governamentais lançaram uma ofensiva com tanques contra Slaviansk, o mais irredutível bastião pró-russo na região de Donetsk.

"Neste momento, o ataque com tanques contra Slaviansk vem de duas direções, de Krasni Limam (norte) e Semionovka (leste)", disse um porta-voz rebelde à agência oficial russa "RIA Novosti".

As forças leais a Kiev também utilizaram hoje morteiros móveis para atacar os subúrbios de Slaviansk, reduto das milícias insurgentes há quase dois meses.

O autoproclamado "prefeito" desta cidade fronteiriça com a Rússia, Viacheslav Ponomariov, disse à imprensa russa que, no total, as forças ucranianas empregam até 80 tanques para atacar os postos de controle dos rebeldes.

O porta-voz ucraniano para a "operação antiterrorista", como Kiev denomina a ofensiva militar no sudeste, Vladislav Selezniov, confirmou que o exército situou tanques nos postos de controle ao redor de Slaviansk e da cidade vizinha de Kramatorsk.

Enquanto isso, devido aos contínuos ataques rebeldes, a guarda fronteiriça ucraniana cedeu aos insurgentes o controle de parte da fronteira com a Federação Russa na região de Lugansk.


Os insurgentes pró-russos asseguram que controlam entre 150 e 200 quilômetros da fronteira entre Ucrânia e Rússia, depois que os guardas ucranianos abandonaram nas últimas 48 horas pelo menos quatro passagens fronteiriças em Lugansk.

"O Exercito Sudeste (braço armado dos insurgentes na região) controla atualmente entre 150 e 200 quilômetros da fronteira com a Rússia. Não deixaremos que nos cerquem", afirmou o primeiro-ministro da autoproclamada república popular de Lugansk, Vasyl Nikitin.

Os serviços fronteiriços pediram ao governo que mobilize as Forças Armadas, a Guarda Nacional e a polícia para o controle da fronteira, por onde Kiev suspeita que entram mercenários russos para combater contra as forças governamentais.

Após quase dois meses desde o começo das operações militares para recuperar o controle das regiões rebeldes, as forças governamentais ucranianas não conseguiram vencer a resistência dos pró-russos.

O magnata Poroshenko, que ganhou as eleições presidenciais no primeiro turno no último dia 25 de maio, será empossado amanhã, sábado, em cerimônia à qual assistirão o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente da União Europeia, Herman van Rompuy, e o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, entre outros.

A Rússia enviará para o ato seu embaixador em Kiev, que foi retirado no meio da crise criada entre os dois países vizinhos.

Por ocasião dos atos realizados hoje em Normandia pelo 70º aniversário do desembarque aliado na Segunda Guerra Mundial, o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, conseguiram reunir Putin e Poroshenko durante 15 minutos.

Os dois apertaram as mãos e defenderam um cessar-fogo entre as forças governamentais e os rebeldes pró-russos, segundo informou o Kremlin.

"Durante uma breve conversa, Putin e Poroshenko advogaram por uma urgente cessação do derramamento de sangue no sudeste da Ucrânia e também das ações militares por parte de ambos lados", declarou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.

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Kiev - A Ucrânia se prepara para a posse amanhã do novo presidente, Petro Poroshenko, em meio aos combates entre o exército e os insurgentes pró-russos nas regiões rebeldes do sudeste do país.

Enquanto Poroshenko abordava pela primeira vez a possibilidade de estabelecer um cessar-fogo com os pró-russos em um breve encontro com o chefe do Kremlin, Vladimir Putin , na Normandia (França), na rebelde região de Donetsk continuavam hoje as hostilidades.

Segundo disseram os milicianos rebeldes, as forças governamentais lançaram uma ofensiva com tanques contra Slaviansk, o mais irredutível bastião pró-russo na região de Donetsk.

"Neste momento, o ataque com tanques contra Slaviansk vem de duas direções, de Krasni Limam (norte) e Semionovka (leste)", disse um porta-voz rebelde à agência oficial russa "RIA Novosti".

As forças leais a Kiev também utilizaram hoje morteiros móveis para atacar os subúrbios de Slaviansk, reduto das milícias insurgentes há quase dois meses.

O autoproclamado "prefeito" desta cidade fronteiriça com a Rússia, Viacheslav Ponomariov, disse à imprensa russa que, no total, as forças ucranianas empregam até 80 tanques para atacar os postos de controle dos rebeldes.

O porta-voz ucraniano para a "operação antiterrorista", como Kiev denomina a ofensiva militar no sudeste, Vladislav Selezniov, confirmou que o exército situou tanques nos postos de controle ao redor de Slaviansk e da cidade vizinha de Kramatorsk.

Enquanto isso, devido aos contínuos ataques rebeldes, a guarda fronteiriça ucraniana cedeu aos insurgentes o controle de parte da fronteira com a Federação Russa na região de Lugansk.


Os insurgentes pró-russos asseguram que controlam entre 150 e 200 quilômetros da fronteira entre Ucrânia e Rússia, depois que os guardas ucranianos abandonaram nas últimas 48 horas pelo menos quatro passagens fronteiriças em Lugansk.

"O Exercito Sudeste (braço armado dos insurgentes na região) controla atualmente entre 150 e 200 quilômetros da fronteira com a Rússia. Não deixaremos que nos cerquem", afirmou o primeiro-ministro da autoproclamada república popular de Lugansk, Vasyl Nikitin.

Os serviços fronteiriços pediram ao governo que mobilize as Forças Armadas, a Guarda Nacional e a polícia para o controle da fronteira, por onde Kiev suspeita que entram mercenários russos para combater contra as forças governamentais.

Após quase dois meses desde o começo das operações militares para recuperar o controle das regiões rebeldes, as forças governamentais ucranianas não conseguiram vencer a resistência dos pró-russos.

O magnata Poroshenko, que ganhou as eleições presidenciais no primeiro turno no último dia 25 de maio, será empossado amanhã, sábado, em cerimônia à qual assistirão o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente da União Europeia, Herman van Rompuy, e o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, entre outros.

A Rússia enviará para o ato seu embaixador em Kiev, que foi retirado no meio da crise criada entre os dois países vizinhos.

Por ocasião dos atos realizados hoje em Normandia pelo 70º aniversário do desembarque aliado na Segunda Guerra Mundial, o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, conseguiram reunir Putin e Poroshenko durante 15 minutos.

Os dois apertaram as mãos e defenderam um cessar-fogo entre as forças governamentais e os rebeldes pró-russos, segundo informou o Kremlin.

"Durante uma breve conversa, Putin e Poroshenko advogaram por uma urgente cessação do derramamento de sangue no sudeste da Ucrânia e também das ações militares por parte de ambos lados", declarou Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.

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