Ucrânia retoma consulta para formar nova coalizão de governo
"Agora é evidente que há uma reivindicação por uma completa renovação do governo, já que qualquer reforma não desperta confiança popular"
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2016 às 14h28.
Kiev - O presidente da Ucrânia , Petro Poroshenko, retomou nesta segunda-feira as consultas para formar uma nova coalizão de governo , em uma tentativa de evitar a convocação de eleições parlamentares antecipadas.
"Agora é evidente que há uma reivindicação por uma completa renovação do governo, já que qualquer reforma não desperta confiança popular e será muito difícil conseguir o apoio da câmara", informou Stepan Kubiv, porta-voz de Poroshenko na Rada Suprema (Legislativo).
Kubiv garantiu que "o momento para a renovação parcial já passou" e insistiu na necessidade de "pôr fim à luta entre os partidos", em referência à ruptura em meados de fevereiro da coalizão governante.
Como informou o porta-voz da presidência, Sviatoslav Tsegolko, o objetivo das consultas de Poroshenko com os líderes políticos é "apressar a saída da crise política, já que todos entendem que para formar um novo governo é necessária uma nova coalizão".
Tsegolko avaliou que a Ucrânia tem três opções, um "governo tecnocrata" liderado por Natalia Yaresko, ministra de Finanças desde dezembro de 2014 - que nasceu nos EUA, mas que vive na Ucrânia há 20 anos.
A segunda opção seria um "governo político", com Andrei Sadovi como primeiro-ministro. Ele é prefeito da cidade de Lviv - a mais importante do oeste da Ucrânia - e líder do partido Autoajuda, que abandonou a coalizão após pedir a renúncia do atual chefe de governo, Arseni Yatseniuk.
Caso nenhuma dessas opções prospere, o porta-voz ressaltou que Poroshenko está disposto a trabalhar com o candidato que a maioria na Rada propuser.
O chefe da fração do governista Bloco Petro Poroshenko, Yuri Lutsenko, afirmou que "faz muito tempo" que seu partido espera que Yatseniuk renuncie para apresentar uma nova candidatura à chefia do Executivo.
Há poucos dias, em uma entrevista ao jornal "Financial Times", Yatseniuk deu um ultimato a Poroshenko para que mostrasse seu apoio incondicional ou assumisse sua responsabilidade, assinando sua destituição e formando um novo governo.
"Ou me apoia ou me destitui", disse Yatseniuk, que superou em 16 de fevereiro uma moção de censura depois de 39 deputados governistas burlassem a disciplina parlamentar e votassem contra essa proposta.
A maioria dos deputados acusa o primeiro-ministro de ser incapaz de combater a corrupção e de introduzir as reformas estruturais cobradas pela comunidade internacional.
A ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, líder do Batkivschina, partido que também deu as costas em fevereiro à coalizão europeísta, lembrou hoje que faltam cinco dias para que expire o prazo máximo de 30 dias para formar uma nova coalizão.
Tymoshenko é a única política que defendeu abertamente a convocação de eleições antecipadas, já que, segundo as pesquisas, o seu é um dos partidos que subiu mais nas pesquisas de intenções de voto.
Por outro lado, outros analistas consideram que o parlamento tem mais tempo do que esses 30 dias, já que a coalizão está rompida do ponto de vista político, mas não jurídico, já que só Batkivschina retirou sua assinatura do acordo de coalizão.
A incapacidade de formar uma nova coalizão de governo impediu a Ucrânia de aprovar e realizar as reformas e medidas anticorrupção que são pedidas pela UE e pelo Fundo Monetário Internacional para conceder novos créditos e evitar a moratória.
Kiev - O presidente da Ucrânia , Petro Poroshenko, retomou nesta segunda-feira as consultas para formar uma nova coalizão de governo , em uma tentativa de evitar a convocação de eleições parlamentares antecipadas.
"Agora é evidente que há uma reivindicação por uma completa renovação do governo, já que qualquer reforma não desperta confiança popular e será muito difícil conseguir o apoio da câmara", informou Stepan Kubiv, porta-voz de Poroshenko na Rada Suprema (Legislativo).
Kubiv garantiu que "o momento para a renovação parcial já passou" e insistiu na necessidade de "pôr fim à luta entre os partidos", em referência à ruptura em meados de fevereiro da coalizão governante.
Como informou o porta-voz da presidência, Sviatoslav Tsegolko, o objetivo das consultas de Poroshenko com os líderes políticos é "apressar a saída da crise política, já que todos entendem que para formar um novo governo é necessária uma nova coalizão".
Tsegolko avaliou que a Ucrânia tem três opções, um "governo tecnocrata" liderado por Natalia Yaresko, ministra de Finanças desde dezembro de 2014 - que nasceu nos EUA, mas que vive na Ucrânia há 20 anos.
A segunda opção seria um "governo político", com Andrei Sadovi como primeiro-ministro. Ele é prefeito da cidade de Lviv - a mais importante do oeste da Ucrânia - e líder do partido Autoajuda, que abandonou a coalizão após pedir a renúncia do atual chefe de governo, Arseni Yatseniuk.
Caso nenhuma dessas opções prospere, o porta-voz ressaltou que Poroshenko está disposto a trabalhar com o candidato que a maioria na Rada propuser.
O chefe da fração do governista Bloco Petro Poroshenko, Yuri Lutsenko, afirmou que "faz muito tempo" que seu partido espera que Yatseniuk renuncie para apresentar uma nova candidatura à chefia do Executivo.
Há poucos dias, em uma entrevista ao jornal "Financial Times", Yatseniuk deu um ultimato a Poroshenko para que mostrasse seu apoio incondicional ou assumisse sua responsabilidade, assinando sua destituição e formando um novo governo.
"Ou me apoia ou me destitui", disse Yatseniuk, que superou em 16 de fevereiro uma moção de censura depois de 39 deputados governistas burlassem a disciplina parlamentar e votassem contra essa proposta.
A maioria dos deputados acusa o primeiro-ministro de ser incapaz de combater a corrupção e de introduzir as reformas estruturais cobradas pela comunidade internacional.
A ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, líder do Batkivschina, partido que também deu as costas em fevereiro à coalizão europeísta, lembrou hoje que faltam cinco dias para que expire o prazo máximo de 30 dias para formar uma nova coalizão.
Tymoshenko é a única política que defendeu abertamente a convocação de eleições antecipadas, já que, segundo as pesquisas, o seu é um dos partidos que subiu mais nas pesquisas de intenções de voto.
Por outro lado, outros analistas consideram que o parlamento tem mais tempo do que esses 30 dias, já que a coalizão está rompida do ponto de vista político, mas não jurídico, já que só Batkivschina retirou sua assinatura do acordo de coalizão.
A incapacidade de formar uma nova coalizão de governo impediu a Ucrânia de aprovar e realizar as reformas e medidas anticorrupção que são pedidas pela UE e pelo Fundo Monetário Internacional para conceder novos créditos e evitar a moratória.