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Turquia solta 38 mil presos para acomodar detidos por golpe

A reforma é uma das medidas estabelecidas em dois decretos editados nesta quarta, sob o estado de emergência declarado após a tentativa frustrada de golpe

Turquia: aliados ocidentais temem que o presidente Tayyip Erdogan esteja usando a operação de repressão para atingir opositores (Osman Orsal / Reuters/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2016 às 21h58.

Istambul - A Turquia começou a libertar 38 mil presos nesta quarta-feira, depois de anunciar uma reforma penal que abrirá espaço para dezenas de milhares de suspeitos detidos por conta da tentativa de golpe do mês passado.

A reforma é uma de uma série de medidas estabelecidas em dois decretos editados nesta quarta-feira, sob o estado de emergência declarado após a tentativa frustrada de golpe de 15 de julho, quando 240 pessoas foram mortas.

O governo não deu razão para as medidas, mas as prisões já estavam com grande número de presos antes das detenções em massa que se deram após o golpe.

Aliados ocidentais temem que o presidente Tayyip Erdogan, já acusado de autoritário por adversários, esteja usando a operação de repressão para atingir opositores, colocando em teste as relações com um parceiro chave da Otan na guerra contra o Estado Islâmico.

As autoridades turcas, rechaçando com irritação essas preocupações, dizem que estão eliminando uma ameaça interna séria representada pelos seguidores de um clérigo que vive nos Estados Unidos.

Os decretos desta quarta-feira também ordenaram a dispensa de mais 2.360 policiais, mais de cem militares e 196 funcionários da agência turca de tecnologia de informação e comunicação.

Os dispensados teriam ligações com clérigo Fethullah Gulen, um ex-aliado de Erdogan e agora seu inimigo. Erdogan diz que Gulen esteve por trás da tentativa de golpe. Ele nega.

Com a reforma penal, presos com até dois anos de sentença para cumprir poderiam ser libertados de forma condicional, ampliando o período de um ano.

A “libertação supervisionada” exclui os condenados por terrorismo, assassinato e crimes violentos ou sexuais.

Numa entrevista à TV, o ministro da Justiça, Bekir Bozdag, disse que 38 mil seriam inicialmente libertados, mas até 93 mil poderiam se beneficiar do programa.

Para poder participar do esquema, presos precisam ter cumprido metade das suas penas. Antes, era exigido que eles tivessem cumprido dois terços.

De acordo com dados do Ministério da Justiça obtidos pela agência Anadolu, havia 213.499 presos em 16 de agosto, mais de 26 mil acima da capacidade do sistema.

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Istambul - A Turquia começou a libertar 38 mil presos nesta quarta-feira, depois de anunciar uma reforma penal que abrirá espaço para dezenas de milhares de suspeitos detidos por conta da tentativa de golpe do mês passado.

A reforma é uma de uma série de medidas estabelecidas em dois decretos editados nesta quarta-feira, sob o estado de emergência declarado após a tentativa frustrada de golpe de 15 de julho, quando 240 pessoas foram mortas.

O governo não deu razão para as medidas, mas as prisões já estavam com grande número de presos antes das detenções em massa que se deram após o golpe.

Aliados ocidentais temem que o presidente Tayyip Erdogan, já acusado de autoritário por adversários, esteja usando a operação de repressão para atingir opositores, colocando em teste as relações com um parceiro chave da Otan na guerra contra o Estado Islâmico.

As autoridades turcas, rechaçando com irritação essas preocupações, dizem que estão eliminando uma ameaça interna séria representada pelos seguidores de um clérigo que vive nos Estados Unidos.

Os decretos desta quarta-feira também ordenaram a dispensa de mais 2.360 policiais, mais de cem militares e 196 funcionários da agência turca de tecnologia de informação e comunicação.

Os dispensados teriam ligações com clérigo Fethullah Gulen, um ex-aliado de Erdogan e agora seu inimigo. Erdogan diz que Gulen esteve por trás da tentativa de golpe. Ele nega.

Com a reforma penal, presos com até dois anos de sentença para cumprir poderiam ser libertados de forma condicional, ampliando o período de um ano.

A “libertação supervisionada” exclui os condenados por terrorismo, assassinato e crimes violentos ou sexuais.

Numa entrevista à TV, o ministro da Justiça, Bekir Bozdag, disse que 38 mil seriam inicialmente libertados, mas até 93 mil poderiam se beneficiar do programa.

Para poder participar do esquema, presos precisam ter cumprido metade das suas penas. Antes, era exigido que eles tivessem cumprido dois terços.

De acordo com dados do Ministério da Justiça obtidos pela agência Anadolu, havia 213.499 presos em 16 de agosto, mais de 26 mil acima da capacidade do sistema.

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