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Turquia lamenta deportações desumanas de armênios em 1915

A comunidade armênia da Turquia otomana foi vítima de massacres e de deportações em massa entre 1915 e 1917

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 11h06.

Ancara - As deportações de armênios sob o Império Otomano eram desumanas, considerou o ministro das Relações Exteriores turco, Ahmed Davutoglu, em uma visita na quinta-feira a Yerevan, onde pediu uma memória justa dos incidentes, que seu país nega a reconhecer como um genocídio.

"Considero que esta onda de deportação sob os Ittihatçi (Jovens Turcos) foi absolutamente um erro.

O que fizeram foi um erro e um ato desumano", declarou aos jornalistas de seu país que o acompanhavam na viagem.

O chefe da diplomacia turca participou em Yerevan de uma reunião da Organização de Cooperação Econômica do Mar Negro (OCEMN), em sua primeira visita à Armênia desde o fracasso em 2009 dos esforços de normalização entre os dois países.

A comunidade armênia da Turquia otomana foi vítima de massacres e de deportações em massa entre 1915 e 1917.

A Armênia e muitos historiadores ou parlamentos estrangeiros avaliam em 1,5 milhão o número de mortos e classificam estes incidentes de genocídio.

Embora com um enfoque mais conciliador que seus antecessores, o governo islamita moderado no poder na Turquia desde 2002 segue rejeitando categoricamente o termo de genocídio.

"Em nenhum caso aprovamos as deportações" de armênios, ressaltou na quinta-feira Davutoglu, que pediu à Armênia que dê mostras de flexibilidade política para avançar no caminho da reconciliação.

Ao fim de um encontro bilateral com seu colega armênio Eduard Nalbandian, Davutoglu defendeu publicamente uma reconciliação entre os dois países com base em uma memória justa.

Turquia e Armênia assinaram em 2009 acordos de reconciliação, mas sua tentativa de aproximação, apoiada pelos Estados Unidos, fracassou em seis meses. As partes se acusaram mutuamente de tentativa de reescrever os textos e de impor novas condições. Nenhum dos dois parlamentos ratificou os acordos.

Ancara e Yerevan também mantêm posições divergentes sobre o futuro de Nagorno Karabaj, um enclave de maioria armênia no coração do Azerbaijão.

A Turquia apoia Baku neste contencioso territorial, que originou um conflito sangrento nos anos 1990, e mantém fechada sua fronteira com a Armênia desde 1993.

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"Considero que esta onda de deportação sob os Ittihatçi (Jovens Turcos) foi absolutamente um erro.

O que fizeram foi um erro e um ato desumano", declarou aos jornalistas de seu país que o acompanhavam na viagem.

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A comunidade armênia da Turquia otomana foi vítima de massacres e de deportações em massa entre 1915 e 1917.

A Armênia e muitos historiadores ou parlamentos estrangeiros avaliam em 1,5 milhão o número de mortos e classificam estes incidentes de genocídio.

Embora com um enfoque mais conciliador que seus antecessores, o governo islamita moderado no poder na Turquia desde 2002 segue rejeitando categoricamente o termo de genocídio.

"Em nenhum caso aprovamos as deportações" de armênios, ressaltou na quinta-feira Davutoglu, que pediu à Armênia que dê mostras de flexibilidade política para avançar no caminho da reconciliação.

Ao fim de um encontro bilateral com seu colega armênio Eduard Nalbandian, Davutoglu defendeu publicamente uma reconciliação entre os dois países com base em uma memória justa.

Turquia e Armênia assinaram em 2009 acordos de reconciliação, mas sua tentativa de aproximação, apoiada pelos Estados Unidos, fracassou em seis meses. As partes se acusaram mutuamente de tentativa de reescrever os textos e de impor novas condições. Nenhum dos dois parlamentos ratificou os acordos.

Ancara e Yerevan também mantêm posições divergentes sobre o futuro de Nagorno Karabaj, um enclave de maioria armênia no coração do Azerbaijão.

A Turquia apoia Baku neste contencioso territorial, que originou um conflito sangrento nos anos 1990, e mantém fechada sua fronteira com a Armênia desde 1993.

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