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Trump pede ironicamente que Putin não interfira nas eleições americanas

Trump tentou minimizar a investigação sobre a interferência russa nas eleições americanas de 2016

G20: Trump e Putin conversavam com repórteres antes da reunião formal bilateral (Kevin Lamarque/Reuters)
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Reuters

Publicado em 28 de junho de 2019 às 09h42.

Última atualização em 28 de junho de 2019 às 17h24.

Osaka — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , pediu ironicamente nesta sexta-feira ao presidente russo, Vladimir Putin , que por favor não interfira nas eleições norte-americanas, parecendo minimizar o escândalo que levou à uma investigação sobre os contatos de sua campanha com o Kremlin durante as eleições de 2016.

Uma investigação de dois anos sobre a campanha de influência orquestrada pela Rússia durante as eleições tem pairado sobre a presidência de Trump, frustrando o presidente norte-americano, que disse buscar melhores relações com a Rússia.

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Trump e Putin conversavam com repórteres em Osaka, no Japão, antes da primeira reunião formal bilateral desde uma polêmica cúpula em Helsinque, em julho passado.

Perguntado por repórteres se ele abordaria a questão da interferência russa durante o encontro, realizado durante a cúpula do G20 em Osaka, no Japão, Trump disse: "Sim, claro que vou", levando a uma risada de Putin.

Trump então se virou para Putin e, com dedo em riste para o líder russo, afirmou: "Não interfira na eleição, por favor".

Críticos de Trump o acusam de ser muito amigável com Putin e consideram que ele falhou em confrontar publicamente o líder russo em Helsinque, após agências de inteligência dos Estados Unidos concluírem que operadores russos hackearam computadores do Partido Democrata e usaram falsas contas de redes sociais para atacar a adversária de Trump na eleição de 2016, a democrata Hillary Clinton.

O procurador especial Robert Mueller passou dois anos investigando suspeitas de laços entre a campanha de Trump e Moscou. Mueller descobriu que a Rússia de fato interferiu nas eleições, mas não encontrou evidências de que a campanha de Trump tenha conspirado ilegalmente com o país para influenciar os votos.

As relações entre os dois países têm sido amargas há anos, piorando após a Rússia anexar a Crimeia da Ucrânia em 2014 e pelo apoio russo ao presidente sírio, Bashar al-Assad, na guerra síria.

Trump buscou virar a página para trabalhar com Putin em questões tais como frear as ambições nucleares da Coreia do Norte. Na sexta-feira, ele enfatizou o lado positivo.

"É uma grande honra estar com o presidente Putin", disse ele aos jornalistas. "Temos muitas coisas para discutir, incluindo o comércio e incluindo algum desarmamento."

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