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Trump não permitirá que a Rússia interrogue funcionários americanos

Questão surgiu no diálogo entre Trump e Putin na Finlândia, após indiciamento nos EUA de 12 cidadãos russos apontados como agentes de órgãos de inteligência

Donald Trump: antes, porta-voz afirmou que presidente se encontraria "com sua equipe" para discutir possibilidade de permitir tais interrogatórios (Leah Millis/Reuters)
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AFP

Publicado em 19 de julho de 2018 às 16h10.

O presidente Donald Trump não aceita a proposta do líder russo Vladimir Putin de permitir que Moscou interrogue funcionários americanos, informou nesta quinta-feira a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.

"Foi uma proposta lançada pelo presidente Putin, mas o presidente Trump não está de acordo", afirmou Sanders, apesar de manifestar sua confiança que a Rússia, em compensação, permitirá que os 12 funcionários russos acusados de ingerência nas eleições americanas de 2016 possam ir aos Estados Unidos para provar sua inocência.

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Esta questão surgiu no diálogo entre Trump e Putin na segunda-feira na Finlândia, após o indiciamento nos Estados Unidos de 12 cidadãos russos apontados como agentes de órgãos de inteligência.

Na coletiva de imprensa que se seguiu à reunião, Trump disse que Putin havia feito uma "oferta incrível" de permitir que um promotor americano fosse a Moscou para falar com os 12 cidadãos russos acusados.

Em contrapartida, Putin pediu permissão para interrogar o ex-embaixador americano em Moscou, Michael McFaul, e o empresário Bill Browder (naturalizado britânico).

Este último foi um dos principais defensores de uma lei aprovada no Congresso dos Estados Unidos sobre sanções contra a Rússia e conhecida como "Lei Magnitsky", em referência a um opositor russo, Serguei Magnitsky, que morreu na prisão em 2009.

A ideia de que os Estados Unidos autorizem seus funcionários a serem interrogados por outro governo foi recebida com evidente rejeição, especialmente no Congresso.

Nesse sentido, Browder havia opinado que autorizar o governo russo a interrogá-lo equivalia a uma "sentença de morte".

Na quarta-feira, a própria Sanders alimentou ainda mais a controvérsia ao afirmar que Trump se encontraria "com sua equipe" para discutir a possibilidade de permitir tais interrogatórios.

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