Trump assina decreto para punir interferência estrangeira nas eleições
O decreto propõe aplicar sanções financeiras e bloqueios contra quem tentar interferir nos sistemas de votação ou quem espalha desinformação na internet
AFP
Publicado em 12 de setembro de 2018 às 15h35.
Última atualização em 12 de setembro de 2018 às 15h42.
O presidente Donald Trump assinou nesta quarta-feira um decreto que estabelece punições para estrangeiros que interferirem nas eleições americanas, anunciou o governo.
"Vimos indícios de que não apenas a Rússia, como a China também, e capacidades potenciais do Irã e, inclusive, a Coreia do Norte, de interferir nas eleições legislativas", afirmou o chefe dos serviços de inteligência, Dan Coats.
Por eleições legislativas, ele se referia às eleições de meio de mandato que serão realizadas em 6 de novembro nos Estados Unidos.
A ordem estabelece um processo formal para impor sanções financeiras e bloqueios tanto contra aqueles que tentarem interferir nos sistemas de votação, como contra aqueles que espalham desinformação através das redes sociais e internet, dois fenômenos atualmente investigados nos Estados Unidos.
"Nós estamos olhando para a frente, utilizando como base o que aconteceu em 2016 como um aviso (...) para que isso não aconteça de novo", indicou Coats, que prometeu uma vigilância 24 horas.
Coats e outras autoridades da inteligência disseram que desde o início de 2017 o presidente russo Vladimir Putin empregou um esforço coordenado através de pirataria informática e manipulação das redes sociais.
O texto assinado pelo presidente americano aponta para qualquer país, pessoa ou entidade estrangeira que tenha incentivado ou organizado uma tentativa de influenciar o curso das eleições nos Estados Unidos.
O procurador especial Robert Mueller, nomeado no ano passado, investiga atualmente uma suposta interferência por parte da Rússia na campanha presidencial de 2016.