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Tropas dos EUA no Afeganistão prejudicam a paz, diz Taleban

Obama anunciou na terça-feira uma redução do ritmo de retirada dos soldados americanos no Afeganistão

O presidente americano, Barack Obama: presidente anunciou na terça-feira uma redução do ritmo de retirada dos soldados americanos no Afeganistão (Jim Watson/AFP)
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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2015 às 09h52.

Kandahar - O anúncio desta terça-feira do presidente americano Barack Obama de que irá manter 9.800 soldados no Afeganistão até o fim de 2015 compromete as "possibilidades" de paz, afirmou à AFP o porta-voz dos talibãs afegãos.

"O anúncio de Obama de manter tropas no Afeganistão é uma resposta aos esforços de paz. Isto compromete as possibilidades de paz e significa que a guerra vai prosseguir até que eles sejam derrotados", disse o porta-voz Zabihullah Mujahid.

Obama anunciou na terça-feira uma redução do ritmo de retirada dos soldados americanos no Afeganistão.

Em resposta a uma solicitação do presidente afegão, Ashraf Ghani - que fez sua primeira visita à Casa Branca após sua eleição há seis meses -, Obama anunciou a manutenção de 9.800 soldados no Afeganistão até o fim de 2015, quando o calendário inicial previa apenas metade dos militares.

Mas o anúncio não altera a retirada definitiva do Afeganistão, prevista para o fim de 2016.

"O anúncio de Obama significa que os americanos vão continuar com sua invasão do Afeganistão", disse o porta-voz.

Washington "tenta salvar este governo fantoche (em Cabul). Seguiremos o combate até que todos tenham saído", completou Mujahid, que reiterou um argumento apresentado pelos talibãs como condição prévia para eventuais negociações de paz.

"Quando (os americanos e os aliados da Otan) eram mais de 100.000 em território afegão não conseguiram nos derrotar. Agora, com 10.000 soldados, não podem fazer nada", disse.

Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, o governo dos Estados Unidos iniciou uma ampla ofensiva militar no Afeganistão, que oficialmente terminou em 2014. Mais de 2.300 soldados americanos morreram no país.

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"O anúncio de Obama de manter tropas no Afeganistão é uma resposta aos esforços de paz. Isto compromete as possibilidades de paz e significa que a guerra vai prosseguir até que eles sejam derrotados", disse o porta-voz Zabihullah Mujahid.

Obama anunciou na terça-feira uma redução do ritmo de retirada dos soldados americanos no Afeganistão.

Em resposta a uma solicitação do presidente afegão, Ashraf Ghani - que fez sua primeira visita à Casa Branca após sua eleição há seis meses -, Obama anunciou a manutenção de 9.800 soldados no Afeganistão até o fim de 2015, quando o calendário inicial previa apenas metade dos militares.

Mas o anúncio não altera a retirada definitiva do Afeganistão, prevista para o fim de 2016.

"O anúncio de Obama significa que os americanos vão continuar com sua invasão do Afeganistão", disse o porta-voz.

Washington "tenta salvar este governo fantoche (em Cabul). Seguiremos o combate até que todos tenham saído", completou Mujahid, que reiterou um argumento apresentado pelos talibãs como condição prévia para eventuais negociações de paz.

"Quando (os americanos e os aliados da Otan) eram mais de 100.000 em território afegão não conseguiram nos derrotar. Agora, com 10.000 soldados, não podem fazer nada", disse.

Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, o governo dos Estados Unidos iniciou uma ampla ofensiva militar no Afeganistão, que oficialmente terminou em 2014. Mais de 2.300 soldados americanos morreram no país.

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