Tribunal egípcio adia decisão sobre pena de morte de Mursi
A ONU classificou de "sem precedentes na história recente" os julgamentos sumários contra centenas de partidários de Mursi condenados à pena capital desde 2013
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2015 às 10h27.
Um tribunal egípcio adiou para 16 de junho a decisão final sobre a condenação à pena de morte ditada há duas semanas contra o ex-presidente islamita destituído Mohamed Mursi, informou nesta terça-feira um juiz.
No dia 16 de maio, Mursi, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, em 2012, e deposto em julho de 2013 pelo exército, foi condenado à pena capital junto a uma centena de partidários.
Mas todas as condenações à morte devem ser submetidas à opinião não vinculante do mufti do Egito, uma autoridade religiosa, antes de ser confirmada ou comutada.
"Como esta opinião chegou ao tribunal apenas nesta terça-feira, decidimos adiar nossa decisão a 16 de junho para poder deliberar", afirmou o juiz Shaaban al-Shami, que preside este tribunal do Cairo.
A opinião do mufti nunca se torna pública.
Mursi, detido desde sua deposição, em julho de 2013, pelo ex-chefe do exército e atual presidente Abdel Fatah al-Sissi, foi condenado à morte por seu papel nas fugas em massa da prisão e ataques contra a polícia na revolta de 2011, que expulsou Hosni Mubarak do poder.
Desde a queda de Mursi, os defensores de direitos humanos acusam o governo de Sissi de instrumentalizar a justiça para reprimir a oposição.
Os Estados Unidos e a União Europeia expressaram sua preocupação após o anúncio da condenação à morte de Mursi.
A ONU classificou de "sem precedentes na história recente" os julgamentos sumários contra centenas de partidários de Mursi condenados à pena capital desde 2013.
Um tribunal egípcio adiou para 16 de junho a decisão final sobre a condenação à pena de morte ditada há duas semanas contra o ex-presidente islamita destituído Mohamed Mursi, informou nesta terça-feira um juiz.
No dia 16 de maio, Mursi, primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, em 2012, e deposto em julho de 2013 pelo exército, foi condenado à pena capital junto a uma centena de partidários.
Mas todas as condenações à morte devem ser submetidas à opinião não vinculante do mufti do Egito, uma autoridade religiosa, antes de ser confirmada ou comutada.
"Como esta opinião chegou ao tribunal apenas nesta terça-feira, decidimos adiar nossa decisão a 16 de junho para poder deliberar", afirmou o juiz Shaaban al-Shami, que preside este tribunal do Cairo.
A opinião do mufti nunca se torna pública.
Mursi, detido desde sua deposição, em julho de 2013, pelo ex-chefe do exército e atual presidente Abdel Fatah al-Sissi, foi condenado à morte por seu papel nas fugas em massa da prisão e ataques contra a polícia na revolta de 2011, que expulsou Hosni Mubarak do poder.
Desde a queda de Mursi, os defensores de direitos humanos acusam o governo de Sissi de instrumentalizar a justiça para reprimir a oposição.
Os Estados Unidos e a União Europeia expressaram sua preocupação após o anúncio da condenação à morte de Mursi.
A ONU classificou de "sem precedentes na história recente" os julgamentos sumários contra centenas de partidários de Mursi condenados à pena capital desde 2013.