Toyota atinge lucro recorde de US$ 4,1 bilhões no último trimestre

A combinação de vendas fortes nos Estados Unidos e na Europa e um iene fraco em relação ao dólar levou a japonesa Toyota a um lucro líquido recorde de 491,5 bilhões de ienes no segundo trimestre (o equivalente a 4,1 bilhões de dólares), 32% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. O lucro operacional também cresceu 32%, para 675,4 bilhões de ienes. De acordo com o jornal britânico Financial Times, o desempenho ficou acima do esperado pelos analistas.

No cenário europeu, a expansão da Toyota foi de 8% no último trimestre de 2007, enquanto as vendas nos Estados Unidas cresceram em 2%, puxadas pela popularidade do Toyota Prius e da linha Lexus. Os modelos ajudaram a empresa a superar a Ford e a conquistar o posto de segunda maior empresa no mercado automotivo americano.

A "mãozinha" do câmbio para a Toyota também foi significativa: segundo a empresa, a queda no valor da moeda japonesa acrescentou 100 bilhões de ienes ao seu faturamento, mesma cifra representada pelo aumento de vendas.

Para as concorrentes americanas e européias da Toyota, a desvalorização do iene - de 8% frente ao dólar e de 14% diante do euro, no acumulado de 12 meses até junho - transformou-se numa vantagem injusta para a montadora japonesa, rival direta da General Motors na briga pela liderança do ranking mundial do setor.

A disputa entre ambas tem sido acirrada ao longo do ano. Em vendas de veículos, a Toyota superou a GM no primeiro trimestre, mas ficou para trás em maio e junho, quando a montadora americana melhorou sua performance fora dos Estados Unidos. No total, o primeiro semestre terminou com uma ligeira vantagem para a americana, que fabricou 4,75 milhões de veículos, ante os 4,71 milhões da Toyota.

Apesar do resultado recorde no trimestre, a montadora manteve as previsões de ganho para o seu ano fiscal, que termina em março de 2008. A expectativa é de lucro líquido de 1,65 trilhão de ienes (cerca de 26 bilhões de dólares) e de lucro operacional de 2,25 trilhões, marcas apontadas como conservadoras pela maioria dos analistas.