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Tillerson irá trocar cúpula da Otan por reuniões com líderes

Ausência cria o risco de aumentar a percepção de que Trump está colocando as negociações de seu país com grandes potências em primeiro lugar

Rex Tillerson pretende não comparecer ao que seria sua primeira cúpula com os 28 aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Brendan Smialowski/Pool/Reuters)
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Reuters

Publicado em 21 de março de 2017 às 14h22.

Washington - O secretário de Estado dos Estados Unidos , Rex Tillerson, planeja faltar a uma reunião de ministros das Relações Exteriores da Otan em abril e ficar em casa para uma visita do presidente da China, e no final do mês irá à Rússia, disseram fontes dos EUA, revelando um itinerário que aliados podem ver como uma priorização de Moscou à sua custa.

Tillerson pretende não comparecer ao que seria sua primeira cúpula com os 28 aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte, entre os dias 5 e 8 de abril, em Bruxelas, para estar presente às aguardadas conversas do presidente norte-americano, Donald Trump, com seu colega chinês, Xi Jinping, em seu resort Mar-a-Lago, na Flórida, disseram quatro autoridades e ex-autoridades do governo.

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Ausentar-se do encontro da Otan e visitar Moscou cria o risco de atiçar a percepção de que Trump pode estar colocando as negociações de seu país com grandes potências em primeiro lugar e deixando à espera as nações menores que dependem de Washington para sua segurança, afirmaram dois ex-autoridades.

Trump elogiou várias vezes seu colega russo, Vladimir Putin, e Tillerson trabalhou com o governo da Rússia durante anos na condição importante executivo da petroleira Exxon Mobil Corp , tendo questionado a sensatez de sanções contra os russos que, segundo ele, poderiam prejudicar negócios dos EUA.

Uma porta-voz do Departamento de Estado disse que Tillerson irá se encontrar na quarta-feira com chanceleres de 26 dos demais 27 países da Otan --todos menos a Croácia--, em um reunião da coalizão que luta para derrotar o grupo militante Estado Islâmico.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, deveria chegar a Washington na segunda-feira para uma visita de três dias que deve incluir conversas com o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, e sua participação em reuniões sobre as ações contra o Estado Islâmico.

Segundo a porta-voz, Tillerson não terá uma reunião separada sobre a Otan com os 26 chanceleres na capital, mas irá encontrá-los durante as conversas sobre o grupo jihadista.

"Após estas consultas e reuniões, em abril ele irá viajar para uma reunião do G7 na Itália e de lá para reuniões na Rússia", acrescentou ela, dizendo que o subsecretário de Estado para Assuntos Políticos, Tom Shannon, irá representar os EUA na reunião de chanceleres da Otan.

Trump já preocupou parceiros da aliança de segurança ocidental referindo-se a ela como "obsoleta" e pressionando outros membros a cumprirem o compromisso de gastar ao menos 2 por cento de seu Produto Interno Bruto (PIB) com a defesa.

Uma ex-autoridade dos EUA e um ex-diplomata da Otan, ambos falando sob condição de anonimato, disseram que a entidade se ofereceu para mudar a data da cúpula para que Tillerson pudesse estar presente nela e na visita de Xi Jinping, mas que o Departamento de Estado rejeitou a ideia.

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