Tillerson espera que Rússia cumpra com acordo sobre a Ucrânia
As declarações foram dadas por Tillerson depois de uma reunião com o chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, em Bonn, no oeste da Alemanha
EFE
Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 16h06.
Bonn - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, afirmou nesta quinta-feira que espera que a Rússia cumpra com os compromissos assumidos no acordo de Minsk e que contribua para conter a violência no leste da Ucrânia .
As declarações foram dadas por Tillerson depois de uma reunião com o chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, em Bonn, no oeste da Alemanha, que recebe um encontro dos ministros das Relações Exteriores do G20 hoje e amanhã.
"Esperamos que a Rússia cumpra com o compromisso de Minsk e diminua a violência na Ucrânia", afirmou.
O acordo de Minsk, assinado por Rússia e Ucrânia no início de 2015, com mediação da França e da Alemanha, prevê o fim das hostilidades entre os separatistas do leste ucraniano e o Exército do país, em troca de reformas políticas por parte de Kiev.
Tillerson disse que transmitiu a Lavrov a intenção de encontrar um "novo terreno comum de entendimento" entre EUA e Rússia, assim como o desejo de trabalhar com o Kremlin "quando houver áreas de cooperação prática que beneficiem o povo americano".
Quando o entendimento com o governo russo não for possível, o secretário de Estado disse que os EUA tomaram uma postura de defesa dos interesses e valores do país e seus aliados.
O chefe da diplomacia do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniu com vários chanceleres ao longo do dia.
Os dois últimos compromissos da agenda de Tillerson hoje são encontros com a ministra de Relações Exteriores da Argentina, Susana Malcorra, e o do Brasil, José Serra.
O G20 das Relações Exteriores também servirá para que vários países se reúnam para debater a situação na Síria, apesar de o encontro não constar na agenda. A Rússia não estará entre eles.
O programa oficial do evento é dedicado aos objetivos de desenvolvimento da Agenda 2030 da ONU e à prevenção de conflitos, com uma ênfase especial no continente africano.
Essa é apenas a segunda vez na qual o país que preside o G20 organiza uma reunião de ministro das Relações Exteriores, após o México em 2012. O fórum normalmente é focado em assuntos econômicos e financeiros internacionais.