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Talibãs atribuem decapitação de civis a "aldeões bêbados"

O movimento fundamentalista islâmico negou nesta terça-feira o envolvimento na decapitação de 17 civis durante um casamento no sul do Afeganistão

Talibãs no Afeganistão: a versão deles difere da divulgada pelas autoridades afegãs, que sustentam que os civis foram decapitados pelos insurgentes (Tariq Mahmood/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2012 às 13h27.

Cabul - Os talibãs afegãos negaram nesta terça-feira o envolvimento na decapitação de 17 civis, incluindo duas mulheres, que estavam em um casamento no sul do país, e responsabilizaram "aldeões armados bêbados" pelo massacre.

"Os mujahedins não conheciam o incidente e obtiveram a informação através dos meios de comunicação", disse à Agência Efe um porta-voz insurgente, Mohammed Yousef Ahmadi.

O porta-voz reconheceu que o lugar onde os corpos foram achados, na segunda-feira, "está sob controle dos talibãs", mas ressaltou que a ação não foi perpetrada pelo movimento fundamentalista islâmico.

"Alguns aldeões armados que estavam bêbados forçaram duas crianças a vestir roupas de mulher e a dançar em uma festa de casamento, e logo depois se iniciou o tiroteio entre eles", acrescentou a fonte.

A versão de Ahmadi difere da versão das autoridades afegãs, que sustentam que os civis foram decapitados pelos insurgentes, supostamente por participar de uma celebração com música e dança.

Diversas fontes oficiais afegãs confirmaram, além disso, que duas das vítimas eram mulheres, enquanto os talibãs se referem a menores com roupas feminina.

Os insurgentes costumam dar informações sobre eventos relevantes quase que instantaneamente, embora frequentemente a versão não coincida plenamente com a realidade.

Os talibãs lutam há mais de uma década para derrubar o governo afegão e forçar a saída das tropas estrangeiras do país e com isso instaurar um regime fundamentalista islâmico.

Durante o tempo em que estavam no poder, na segunda metade da década de 1990, os talibãs executaram castigos baseados em uma interpretação ultra-ortodoxa da "sharia" (lei islâmica), algo que agora fazem em territórios sob o controle do grupo.

A decapitação denunciada pelas autoridades não destoa de outras práticas comuns dos insurgentes, que proíbem atividades como escutar música ou contatos entre homens e mulheres não casados ou parentes.

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Cabul - Os talibãs afegãos negaram nesta terça-feira o envolvimento na decapitação de 17 civis, incluindo duas mulheres, que estavam em um casamento no sul do país, e responsabilizaram "aldeões armados bêbados" pelo massacre.

"Os mujahedins não conheciam o incidente e obtiveram a informação através dos meios de comunicação", disse à Agência Efe um porta-voz insurgente, Mohammed Yousef Ahmadi.

O porta-voz reconheceu que o lugar onde os corpos foram achados, na segunda-feira, "está sob controle dos talibãs", mas ressaltou que a ação não foi perpetrada pelo movimento fundamentalista islâmico.

"Alguns aldeões armados que estavam bêbados forçaram duas crianças a vestir roupas de mulher e a dançar em uma festa de casamento, e logo depois se iniciou o tiroteio entre eles", acrescentou a fonte.

A versão de Ahmadi difere da versão das autoridades afegãs, que sustentam que os civis foram decapitados pelos insurgentes, supostamente por participar de uma celebração com música e dança.

Diversas fontes oficiais afegãs confirmaram, além disso, que duas das vítimas eram mulheres, enquanto os talibãs se referem a menores com roupas feminina.

Os insurgentes costumam dar informações sobre eventos relevantes quase que instantaneamente, embora frequentemente a versão não coincida plenamente com a realidade.

Os talibãs lutam há mais de uma década para derrubar o governo afegão e forçar a saída das tropas estrangeiras do país e com isso instaurar um regime fundamentalista islâmico.

Durante o tempo em que estavam no poder, na segunda metade da década de 1990, os talibãs executaram castigos baseados em uma interpretação ultra-ortodoxa da "sharia" (lei islâmica), algo que agora fazem em territórios sob o controle do grupo.

A decapitação denunciada pelas autoridades não destoa de outras práticas comuns dos insurgentes, que proíbem atividades como escutar música ou contatos entre homens e mulheres não casados ou parentes.

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