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Só haverá trégua após recuperação de fronteira, diz Ucrânia

Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko anunciou que haverá cessar-fogo quando for totalmente restabelecido o controle da fronteira com a Rússia

Petro Poroshenko: "temos a determinação de restabelecer a segurança na fronteira" (Sergei Supinsky/AFP)
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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2014 às 13h59.

Kiev - O presidente da Ucrânia , Petro Poroshenko, anunciou nesta segunda-feira que o exército declarará um cessar-fogo temporário em sua luta contra os rebeldes quando for totalmente restabelecido o controle da fronteira com a Rússia .

"Temos a determinação de restabelecer a segurança na fronteira nesta semana. Espero que possamos conseguir plenamente. Digo sinceramente: é o único impedimento para declarar o cessar-fogo", primeiro passo do plano de paz para as regiões de Donetsk e Lugansk, disse Poroshenko.

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O presidente também afirmou que "seria irresponsável declarar um cessar-fogo com a fronteira aberta e nas circunstâncias atuais". Poroshenko, no entanto, mostrou-se confiante na capacidade das forças governamentais recuperarem a fronteira, mas não quis falar de prazos.

"Na última semana conseguimos mudanças decisivas na fronteira. Recuperamos o controle sobre mais de 250 quilômetros", comemorou Poroshenko.

O líder ucraniano ressaltou, ao abrir em Kiev a reunião do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, que o fim das hostilidades para se negociar com os insurgentes pró-Rússia será temporário.

"Seria irresponsável entrar em um processo negociador prolongado, porque não necessitamos negociar por negociar", opinou Poroshenko, que apresentou diante dos membros do Conselho os passos estabelecidos no plano de paz, que já foi exposto para a OSCE, os líderes ocidentais e o presidente russo, Vladimir Putin.

Após o restabelecimento do controle da fronteira com a Rússia, agora em muitos de seus trechos nas mãos dos separatistas, o líder ucraniano prevê abrir um processo de desarmamento dos rebeldes, "ao qual se seguirá uma anistia para aquelas pessoas que não cometeram delitos graves".

Milhares de pessoas reunidas ontem em Kiev, no Maidan (como se chama a Praça da Independência da capital ucraniana, coração da revolta contra Viktor Yanukovich), exigiram uma ação dura de Poroshenko contra os rebeldes.

Os manifestantes também criticaram e pediram a destituição os comandantes da operação militar lançada contra os insurgentes russófonos.

A morte de 49 soldados ucranianos em Lugansk pelos separatistas gerou críticas contra os comandantes das forças armadas, que já foram acusados de inoperância em outras ocasiões.

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