Mundo

Situação na Ucrânia é explosiva, diz vice-chanceler

O vice-ministro de Relações Exteriores da Ucrânia disse que a situação no país é imprevisível e explosiva


	Tanques e tropas ucranianas em Izium, no leste do país: "a situação está se deteriorando, é muito difícil, explosiva. A situação é imprevisível", disse Danylo Lubkivsky
 (Ucranian Updates/Twitter)

Tanques e tropas ucranianas em Izium, no leste do país: "a situação está se deteriorando, é muito difícil, explosiva. A situação é imprevisível", disse Danylo Lubkivsky (Ucranian Updates/Twitter)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2014 às 14h57.

Washington - O vice-ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Danylo Lubkivsky, disse nesta quinta-feira em Washington que a situação na Ucrânia é "imprevisível e explosiva", e que seu país continua sendo vítima do "ataque descarado" da Rússia.

"A situação está se deteriorando, é muito difícil, explosiva. A situação é imprevisível", afirmou hoje Lubkivsky em um encontro com jornalistas e diplomatas na capital americana, onde terá reuniões com altos funcionários.

A situação na Ucrânia piorou hoje após a morte de cinco milicianos pró-Rússia em uma operação na cidade rebelde de Slaviansk, no sudeste da Ucrânia, controlada por paramilitares armados e cercada por tropas ucranianas.

O ministro russo de Defesa, Sergei Shoigu, anunciou nesta quinta-feira o início de manobras militares na fronteira com a Ucrânia e advertiu que "a maquinaria militar" desdobrada por Kiev no leste deve ser interrompida para se evitar "uma grande quantidade de mortos e feridos".

"Estamos fazendo tudo o que podemos e acredito que venceremos contra a agressão russa", afirmou o vice-chanceler.

Lubkivsky reconheceu que a atitude da Rússia tomou o país de surpresa: "ninguém esperava que ocorresse esta agressão, mas aconteceu e não há tempo para relaxar ou fechar os olhos e pensar que as coisas se solucionarão de alguma maneira".

Em função da situação atual, o vice-ministro considerou "fundamental" que os Estados Unidos e Europa atuem em uma frente unida contra a agressão da Rússia.

"Muitos altos funcionários em Moscou pensam que a democracia e os direitos humanos são só palavras vazias", atacou Lubkivsky.

O vice-ministro disse que a recente revolução com epicentro na Praça Maidan mostrou que centenas de milhares de ucranianos estão dispostos a sacrificar sua vida pela liberdade.

"A nossa não foi só uma escolha política, mas moral", afirmou o alto funcionário ucraniano, que disse acreditar que o Ocidente opte por uma solução similar.

"Espero que o Ocidente tome uma decisão sábia e defenda a Ucrânia com todos os instrumentos políticos, econômicos e militares ao seu alcance", afirmou Lubkivsky.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrise políticaEuropaRússiaUcrânia

Mais de Mundo

'A defesa da democracia é mais importante do que qualquer título', diz Biden em discurso

Governo Lula se diz irritado com falas de Maduro, mas evita responder declarações

Netanyahu discursa no Congresso americano sob protestos de rua e boicote de dezenas de democratas

Em discurso a irmandade negra, Kamala pede ajuda para registrar eleitores e mobilizar base a votar

Mais na Exame