Exame Logo

Serviço secreto norueguês nega espionagem americana

"Isso não é verdade", declarou o chefe da inteligência militar, Kjell Grandhagen, durante uma coletiva de imprensa

Protesto em apoio a Edward Snowden em Berlim: segundo o Dagbladet, com base em documentos entregues por Snowden, a NSA espionou 33,2 milhões de chamadas (Afp.com / Kay Nietfeld)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2013 às 16h43.

Oslo - O serviço secreto norueguês negou nesta terça-feira informações segundo as quais a Agência Nacional de Segurança ( NSA ) dos Estados Unidos teria espionado mais de 33 milhões de chamadas telefônicas na Noruega em um mês.

Segundo o jornal Dagbladet, com base em documentos entregues pelo ex-consultor americano Edward Snowden, a NSA espionou 33,2 milhões de chamadas efetuadas de 10 de dezembro de 2012 a 8 de janeiro de 2013.

"Isso não é verdade", declarou o chefe da inteligência militar, Kjell Grandhagen, durante uma coletiva de imprensa.

Segundo ele, Dagbladet teria sido vítima de um mal-entendido: as comunicações monitoradas faziam parte de um programa dos serviços noruegueses no exterior em apoio a operações militares noruegueses ou no contexto da luta contra o "terrorismo internacional".

As informações recolhidas teriam sido compartilhadas com outros serviços de inteligência, incluindo com a NSA, explicou.

"Não dispomos de informações que nos façam acreditar que os americanos conduziram tais atividades na Noruega ou contra a Noruega", indicou Kjell Grandhagen.

A primeira-ministra norueguesa, Erna Solberg, também disse que o jornal estava errado e que as 33 milhões conversas grampeadas, "no Afeganistão", eram "completamente legítimas".

"Eu acredito que todo mundo deveria se acalmar um pouco. Deve primeiro estabelecer os fatos", disse ela a jornalistas.

O artigo do Dagbladet ecoou casos semelhantes em outros países, incluindo na França e na Alemanha, onde a NSA espionou um grande volume de comunicações, de acordo com os jornais Le Monde e Der Spiegel, citando documentos vazados por Snowden.

Essas revelações causaram atrito entre os Estados Unidos e seus aliados.

Após a negação dos serviços norueguesas, o editor do Dagbladet, John Arne Markussen, admitiu à emissora pública NRK que o jornal "poderia ter entendido mal", sem excluir, no entanto, que novas informações poderiam apoiar as revelações.

Mas o jornalista americano Glenn Greenwald, que contribuiu para a publicação dos documentos recuperados por Snowden, defendeu que os dados recolhidos eram de comunicações na Noruega.

Ele também prometeu publicar novos documentos comprovativos das revelações do jornal norueguês.

A NSA não teria espionado o conteúdo das comunicações, mas apenas seus metadados, ou seja, a identidade dos interlocutores e a localização e duração das chamadas.

A embaixada dos Estados Unidos em Oslo não quis comentar as acusações, argumentando que as autoridades americanas não se manifestam sobre "casos individuais" de países supostamente espionados.

Veja também

Oslo - O serviço secreto norueguês negou nesta terça-feira informações segundo as quais a Agência Nacional de Segurança ( NSA ) dos Estados Unidos teria espionado mais de 33 milhões de chamadas telefônicas na Noruega em um mês.

Segundo o jornal Dagbladet, com base em documentos entregues pelo ex-consultor americano Edward Snowden, a NSA espionou 33,2 milhões de chamadas efetuadas de 10 de dezembro de 2012 a 8 de janeiro de 2013.

"Isso não é verdade", declarou o chefe da inteligência militar, Kjell Grandhagen, durante uma coletiva de imprensa.

Segundo ele, Dagbladet teria sido vítima de um mal-entendido: as comunicações monitoradas faziam parte de um programa dos serviços noruegueses no exterior em apoio a operações militares noruegueses ou no contexto da luta contra o "terrorismo internacional".

As informações recolhidas teriam sido compartilhadas com outros serviços de inteligência, incluindo com a NSA, explicou.

"Não dispomos de informações que nos façam acreditar que os americanos conduziram tais atividades na Noruega ou contra a Noruega", indicou Kjell Grandhagen.

A primeira-ministra norueguesa, Erna Solberg, também disse que o jornal estava errado e que as 33 milhões conversas grampeadas, "no Afeganistão", eram "completamente legítimas".

"Eu acredito que todo mundo deveria se acalmar um pouco. Deve primeiro estabelecer os fatos", disse ela a jornalistas.

O artigo do Dagbladet ecoou casos semelhantes em outros países, incluindo na França e na Alemanha, onde a NSA espionou um grande volume de comunicações, de acordo com os jornais Le Monde e Der Spiegel, citando documentos vazados por Snowden.

Essas revelações causaram atrito entre os Estados Unidos e seus aliados.

Após a negação dos serviços norueguesas, o editor do Dagbladet, John Arne Markussen, admitiu à emissora pública NRK que o jornal "poderia ter entendido mal", sem excluir, no entanto, que novas informações poderiam apoiar as revelações.

Mas o jornalista americano Glenn Greenwald, que contribuiu para a publicação dos documentos recuperados por Snowden, defendeu que os dados recolhidos eram de comunicações na Noruega.

Ele também prometeu publicar novos documentos comprovativos das revelações do jornal norueguês.

A NSA não teria espionado o conteúdo das comunicações, mas apenas seus metadados, ou seja, a identidade dos interlocutores e a localização e duração das chamadas.

A embaixada dos Estados Unidos em Oslo não quis comentar as acusações, argumentando que as autoridades americanas não se manifestam sobre "casos individuais" de países supostamente espionados.

Acompanhe tudo sobre:EspionagemEuropaNoruegaNSAPaíses ricosTelecomunicações

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame