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Sérvia diz que está disposta a um acordo com Kosovo

"Não rejeitamos nada por antecipado. Estamos dispostos a negociar. Frente a cada "não" seu, teremos novas propostas", afirmou o presidente Tomislav Nikolic

O presidente da Sérvia, Tomislav Nikolic: segundo o presidente sérvio, a delegação de Belgrado "está exposta a grandes pressões porque está em jogo o início das negociações para a entrada na UE", que a Sérvia espera para junho. (REUTERS/Marko Djurica)
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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2013 às 15h07.

Belgrado - O presidente da Sérvia , Tomislav Nikolic, declarou nesta segunda-feira que Belgrado está disposto a conseguir um acordo com Pristina no diálogo de normalização das relações auspiciadas por Bruxelas, mas não em troca de nada.

"Não rejeitamos nada por antecipado. Estamos dispostos a negociar. Frente a cada "não" seu, teremos novas propostas", afirmou Nikolic à imprensa em Belgrado, na véspera da celebração em Bruxelas de uma nova rodada de diálogo entre Sérvia e Kosovo.

A conflituosa questão de dotar de autonomia os servo-kosovares será a questão central da oitava rodada de diálogos, depois que em 20 de março a delegação de Belgrado rejeitou uma oferta da União Europeia (UE) por considerar que não completava o mínimo dos pedidos sérvios, pois a Sérvia rejeita que essa autonomia seja meramente formal, como deseja Pristina.

Por sua vez, o primeiro-ministro kosovar, Hashem Thaçi, pediu hoje aos sérvios que aceitem o acordo proposto pela UE, como instrumento de autonomia do norte do Kosovo, zona onde residem majoritariamente os servo-kosovares.

Esse acordo, disse Thaçi perante os jornalistas, abriria o caminho à paz e à cooperação, à integração europeia e "fecharia o capítulo do conflito".

"Quero crer que Belgrado demonstrará responsabilidade e aceitará o acordo", insistiu.


Enquanto isso, em sua entrevista coletiva, o chefe de Estado sérvio anunciou que seu país insistirá em um autogoverno de uma futura comunidade desses municípios de maioria sérvia no norte kosovar inclua o "controle da polícia e da justiça e que o Exército de Kosovo nunca esteja desdobrado na área".

O sérvio acrescentou que, se chegarem a um acordo, as conquistas obtidas deverão ser "garantidas pela comunidade internacional, antes de tudo pela UE".

Segundo o presidente sérvio, a delegação de Belgrado "está exposta a grandes pressões porque está em jogo o início das negociações para a entrada na UE", que a Sérvia espera para junho.

Mas o requisito exigido pela UE para começar o processo é um avanço sustentável e evidente na via de normalização das relações com o Kosovo, ex-província sérvia que declarou unilateralmente sua independência em 2008.

Com relação ao tema, Thaçi indicou que, se não chegarem a um acordo amanh, a Sérvia "pagará um preço": se atrasará em sua caminhada rumo à integração na UE.


A delegação sérvia no diálogo de Bruxelas será liderada amanhã pelo primeiro-ministro, Ivica Dacic, e fará parte dela pela primeira vez o vice-chefe do Governo, Aleksandar Vucic, considerado por muitos a principal figura política do país balcânico.

Desde outubro de 2012, Dacic e Thaçi mantiveram, sob os auspícios da chefe da diplomacia europeia, Catherin Ashton, sete encontros em Bruxelas para tentar resolver os principais pontos de discórdia entre ambas as partes.

Cerca de 40 mil sérvios vivem no norte do Kosovo e rejeitam a autoridade de Pristina. Especialmente, a dividida cidade de Mitrovica que é palco, desde 1999, de tensões e incidentes violentos entre servo-kosovares e albano-kosovares.

Kosovo se autoproclamou independente em fevereiro de 2008 e sua soberania foi reconhecida por uma centena de países, entre eles Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido, mas não pela Sérvia, Rússia ou Espanha, entre outros.

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Belgrado - O presidente da Sérvia , Tomislav Nikolic, declarou nesta segunda-feira que Belgrado está disposto a conseguir um acordo com Pristina no diálogo de normalização das relações auspiciadas por Bruxelas, mas não em troca de nada.

"Não rejeitamos nada por antecipado. Estamos dispostos a negociar. Frente a cada "não" seu, teremos novas propostas", afirmou Nikolic à imprensa em Belgrado, na véspera da celebração em Bruxelas de uma nova rodada de diálogo entre Sérvia e Kosovo.

A conflituosa questão de dotar de autonomia os servo-kosovares será a questão central da oitava rodada de diálogos, depois que em 20 de março a delegação de Belgrado rejeitou uma oferta da União Europeia (UE) por considerar que não completava o mínimo dos pedidos sérvios, pois a Sérvia rejeita que essa autonomia seja meramente formal, como deseja Pristina.

Por sua vez, o primeiro-ministro kosovar, Hashem Thaçi, pediu hoje aos sérvios que aceitem o acordo proposto pela UE, como instrumento de autonomia do norte do Kosovo, zona onde residem majoritariamente os servo-kosovares.

Esse acordo, disse Thaçi perante os jornalistas, abriria o caminho à paz e à cooperação, à integração europeia e "fecharia o capítulo do conflito".

"Quero crer que Belgrado demonstrará responsabilidade e aceitará o acordo", insistiu.


Enquanto isso, em sua entrevista coletiva, o chefe de Estado sérvio anunciou que seu país insistirá em um autogoverno de uma futura comunidade desses municípios de maioria sérvia no norte kosovar inclua o "controle da polícia e da justiça e que o Exército de Kosovo nunca esteja desdobrado na área".

O sérvio acrescentou que, se chegarem a um acordo, as conquistas obtidas deverão ser "garantidas pela comunidade internacional, antes de tudo pela UE".

Segundo o presidente sérvio, a delegação de Belgrado "está exposta a grandes pressões porque está em jogo o início das negociações para a entrada na UE", que a Sérvia espera para junho.

Mas o requisito exigido pela UE para começar o processo é um avanço sustentável e evidente na via de normalização das relações com o Kosovo, ex-província sérvia que declarou unilateralmente sua independência em 2008.

Com relação ao tema, Thaçi indicou que, se não chegarem a um acordo amanh, a Sérvia "pagará um preço": se atrasará em sua caminhada rumo à integração na UE.


A delegação sérvia no diálogo de Bruxelas será liderada amanhã pelo primeiro-ministro, Ivica Dacic, e fará parte dela pela primeira vez o vice-chefe do Governo, Aleksandar Vucic, considerado por muitos a principal figura política do país balcânico.

Desde outubro de 2012, Dacic e Thaçi mantiveram, sob os auspícios da chefe da diplomacia europeia, Catherin Ashton, sete encontros em Bruxelas para tentar resolver os principais pontos de discórdia entre ambas as partes.

Cerca de 40 mil sérvios vivem no norte do Kosovo e rejeitam a autoridade de Pristina. Especialmente, a dividida cidade de Mitrovica que é palco, desde 1999, de tensões e incidentes violentos entre servo-kosovares e albano-kosovares.

Kosovo se autoproclamou independente em fevereiro de 2008 e sua soberania foi reconhecida por uma centena de países, entre eles Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido, mas não pela Sérvia, Rússia ou Espanha, entre outros.

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