Senadora dos EUA acusa CIA de espionar Congresso
Senadora Dianne Feinstein fez uma rigorosa crítica à maneira que a CIA lidou com a investigação sobre os programas de interrogatório e detenção na era Bush
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2014 às 17h43.
Uma dura disputa entre a CIA e o comitê do Senado dos Estados Unidos que supervisiona a agência de inteligência norte-americana veio à tona nesta terça-feira, quando uma senadora do primeiro escalão acusou a agência de espionar o Congresso e de possivelmente ter violado a lei.
A senadora Dianne Feinstein fez uma rigorosa crítica à maneira que a CIA lidou com a investigação do Comitê de Inteligência, presidido por ela, sobre os programas de interrogatório e de detenção da agência na era Bush, iniciados após os ataques de 11 de Setembro de 2001, mas que só vieram a público em 2006.
"Tenho graves preocupações de que as buscas da CIA possam muito bem ter violado o princípio da separação de poderes presente na Constituição", disse Feinstein em um discurso crítico no plenário do Senado, feito por uma tradicional aliada das agências de inteligência dos Estados Unidos.
Feinstein disse que a CIA fez buscas em computadores do comitê para descobrir como integrantes obtiveram um documento interno da agência que era mais crítico às táticas de interrogatório do que o documento oficial da CIA.
Ela disse que as buscas da Agência Central de Inteligência, nome oficial da CIA, também violou a Quarta Emenda da Constituição dos EUA, a lei norte-americana sobre fraude e abuso de computadores e uma ordem executiva que proíbe a CIA de realizar buscas e vigilância internas.
Feinstein descreveu um encontro de emergência no dia 15 de janeiro com o senador Saxby Chambliss, do Estado da Georgia, principal membro republicano do comitê, no qual John Brennan, diretor da CIA, disse aos dois líderes do Comitê de Inteligência que a CIA fez buscas em computadores do colegiado.
Nesta terça, Brennan negou as acusações de que teria hackeado os computadores. "Nada pode ser mais distante da verdade. Não podemos fazer isso", disse ele em discurso no centro de estudos Council of Foreign Relations.
Ele também negou que a CIA tenha tentado impedir a divulgação do relatório do comitê. "Não estamos, de forma alguma, tentando impedir sua divulgação", disse.
Os comentários de Feinstein representam o mais recente episódio da longa disputa entre o comitê e a CIA sobre a detenção e o interrogatório de suspeitos de terrorismo pela agência, programa que foi gradativamente desativado quando os presos foram transferidos para a base naval de Guantánamo, em Cuba.
O Comitê de Inteligência do Senado dos EUA detém um relatório de 6.300 páginas criticando alguns dos métodos duros de interrogatório usados pela CIA, e Feinstein tem pressionado para tornar públicas as descobertas contidas no documento.
Uma dura disputa entre a CIA e o comitê do Senado dos Estados Unidos que supervisiona a agência de inteligência norte-americana veio à tona nesta terça-feira, quando uma senadora do primeiro escalão acusou a agência de espionar o Congresso e de possivelmente ter violado a lei.
A senadora Dianne Feinstein fez uma rigorosa crítica à maneira que a CIA lidou com a investigação do Comitê de Inteligência, presidido por ela, sobre os programas de interrogatório e de detenção da agência na era Bush, iniciados após os ataques de 11 de Setembro de 2001, mas que só vieram a público em 2006.
"Tenho graves preocupações de que as buscas da CIA possam muito bem ter violado o princípio da separação de poderes presente na Constituição", disse Feinstein em um discurso crítico no plenário do Senado, feito por uma tradicional aliada das agências de inteligência dos Estados Unidos.
Feinstein disse que a CIA fez buscas em computadores do comitê para descobrir como integrantes obtiveram um documento interno da agência que era mais crítico às táticas de interrogatório do que o documento oficial da CIA.
Ela disse que as buscas da Agência Central de Inteligência, nome oficial da CIA, também violou a Quarta Emenda da Constituição dos EUA, a lei norte-americana sobre fraude e abuso de computadores e uma ordem executiva que proíbe a CIA de realizar buscas e vigilância internas.
Feinstein descreveu um encontro de emergência no dia 15 de janeiro com o senador Saxby Chambliss, do Estado da Georgia, principal membro republicano do comitê, no qual John Brennan, diretor da CIA, disse aos dois líderes do Comitê de Inteligência que a CIA fez buscas em computadores do colegiado.
Nesta terça, Brennan negou as acusações de que teria hackeado os computadores. "Nada pode ser mais distante da verdade. Não podemos fazer isso", disse ele em discurso no centro de estudos Council of Foreign Relations.
Ele também negou que a CIA tenha tentado impedir a divulgação do relatório do comitê. "Não estamos, de forma alguma, tentando impedir sua divulgação", disse.
Os comentários de Feinstein representam o mais recente episódio da longa disputa entre o comitê e a CIA sobre a detenção e o interrogatório de suspeitos de terrorismo pela agência, programa que foi gradativamente desativado quando os presos foram transferidos para a base naval de Guantánamo, em Cuba.
O Comitê de Inteligência do Senado dos EUA detém um relatório de 6.300 páginas criticando alguns dos métodos duros de interrogatório usados pela CIA, e Feinstein tem pressionado para tornar públicas as descobertas contidas no documento.