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Senador dos EUA participa de manifestação na Ucrânia

"O mundo livre está com você, a América está com você, eu estou com você", disse John McCain


	O senador americano John McCain: "A todos na Ucrânia, a América está com vocês", disse 
 (Mandel Ngan/AFP)

O senador americano John McCain: "A todos na Ucrânia, a América está com vocês", disse  (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2013 às 15h35.

Kiev - Cerca de 200 mil pessoas reuniram-se para protestar neste domingo contra o governo na praça central de Kiev, capital da Ucrânia. O senador norte-americano, John McCain, disse aos manifestantes que Washington apoia o desejo de todos à integração europeia. Uma autoridade da comissão para ampliação da União Europeia afirmou, por meio de sua conta no twitter, que as negociações com o país estão suspensas.Um grupo menor de seguidores do governo, com cerca de 15 mil pessoas, também reuniu-se cerca um quilômetro da Praça da Independência, onde os manifestantes desfavoráveis ao governo estão.

As manifestações contra o governo do presidente Viktor Yanukovych começaram no dia 21, após o anúncio de que não assinaria um aguardado acordo para aprofundar as relações políticas e comerciais da Ucrânia com a União Europeia e, ao invés disso, buscaria focar as relações do país com a Rússia. Os manifestantes acampados na Praça da Independência levantaram barreiras feitas de neve, endurecidas com água congelada e cravejadas por restos de madeira.

"A todos na Ucrânia, a América está com vocês", disse McCain. "O mundo livre está com você, a América está com você, eu estou com você. A Ucrânia fará a Europa melhor e a Europa fará a Ucrânia melhor", discursou.


Em vários tweets neste domingo, o comissário para ampliação da União Europeia, Stefan Fuele, anunciou a suspensão das negociações de integração comercial e política com Kiev diante da ausência de um "compromisso claro" das autoridades. Fuele disse ter avisado o vice-primeiro-ministro da Ucrânia, Serhiy Arbuzov, em encontro na quinta-feira em Bruxelas e, subsequentemente, em uma conversa telefônica, que "o avanço das discussões está condicionado a um sinal claro de compromisso".

Essas foram as declarações mais rígidas da comissão desde que a Ucrânia desistiu de assinar o acordo, dizendo que não estava pronta para isso. Mesmo diante da frustração, as autoridades da União Europeia vinham dizendo que a proposta de um acordo bilateral permanecia na mesa e que desejavam ver o país na Europa.

Nesta semana, diante do aumento dos protestos que representam uma séria ameaça à liderança do presidente, autoridades da Ucrânia retomaram as conversas com a União Europeia sobre a assinatura do acordo. O vice-primeiro-ministro afirmou na quinta-feira que a Ucrânia iria assinar o acordo em breve, assim que algumas questões fossem trabalhadas.

O presidente da Ucrânia voltou atrás da assinatura do acordo, argumentando que a União Europeia não está oferecendo a compensação adequada para perdas que potencialmente o país terá na relação comercial com a Rússia. A Rússia, que controla o país por séculos, quer que a Ucrânia integre uma união alfandegária, análoga à europeia, que inclui também o Casaquistão e a Bielorrússia. A oposição argumento que tal acordo irá reconstituir a União Soviética. 

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