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Sem novos casos de coronavírus, Nova Zelândia antecipa o fim da quarentena

O distanciamento social não precisa mais ser seguido a partir desta terça, e o governo liberou a realização de eventos com aglomerações

Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia, uma das referências no combate do novo coronavírus (Hagen Hopkins/Getty Images)
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EXAME Hoje

Publicado em 9 de junho de 2020 às 07h02.

Última atualização em 9 de junho de 2020 às 07h48.

Foram pouco mais de dois meses em lockdown e um sucesso atrás do outro no combate ao novo coronavírus. Agora, com zero casos ativos da covid-19 em seu território e dezoito dias sem o registro de novos infectados, a Nova Zelândia derrubará a maioria das restrições implementadas para barrar a propagação da doença e retomar a normalidade.

A partir desta terça-feira (9), as regras de distanciamento social deixam de vigorar. Agora será permitido realizar eventos públicos que possam gerar aglomerações, bem como casamentos e outras cerimônias. As escolas e o transporte público também poderão funcionar normalmente.

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Inicialmente, o governo havia estimado que o fim dessas medidas só seria possível em 22 de junho. A retomada foi antecipada em pouco menos de duas semanas, portanto.

As fronteiras, no entanto, permanecem fechadas para estrangeiros. Já os neozelandeses que desembarcarem no país vindos do exterior serão testados para covid-19 e levados para passar 14 dias de isolamento em um local determinado pelo governo da Nova Zelândia. “A covid-19 ainda está descontrolada fora do país, então precisamos focar em proteger os neozelandeses com um controle robusto nas fronteiras”, diz o Ministério da Saúde.

O anúncio do fim das medidas foi feito pela primeira-ministra do país e a premiê mais popular da história da Nova Zelândia, Jacinda Ardern. À imprensa, ela disse ter celebrado o fim dos casos ativos com “uma dancinha”. “Estamos em uma condição segura, mas ainda não há um caminho fácil para a vida antes da pandemia, a determinação e o foco que tivemos na nossa resposta da saúde serão direcionados para a reconstrução da economia”, disse ela.

A Nova Zelândia impressionou o mundo com os bons resultados obtidos durante a pandemia e o fato de tê-los conquistados de forma menos custosa que outros países ricos. As medidas de lockdown começaram em 25 de março e a população foi incentivada a permanecer em casa, enquanto escolas e estabelecimentos comerciais foram fechados. Até ontem, o país registrou 1.504 pessoas infectadas pela doença, das quais 1.482 já se recuperaram e 22 morreram.

Apesar das boas notícias, Ardern é cuidadosa e já deixou claro que é possível que novos casos da doença apareçam no curto prazo. “A eliminação (do novo coronavírus) não é um ponto no tempo, mas um esforço contínuo”, disse a primeira-ministra. “Estamos felizes, mas nervosos com o que o futuro trará”. Palavras de lucidez em um momento de confusão global.

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