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Segundo dia de negociações nucleares tem início em Viena

O Irã e as grandes potências começaram negociações sobre o programa nuclear iraniano, que devem terminar antes do dia 24

O chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif e a representante europeia, Catherine Ashton (Joe Klamar/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 09h34.

Viena - O Irã e o grupo 5+1 (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China, além da Alemanha) começaram nesta quarta-feira negociações sobre o programa nuclear iraquiano, que, a princípio, devem ser concluídas antes do dia 24 de novembro.

"Estamos a um passo, inclusive meio passo, de uma solução", afirmou o diplomata russo Serguei Riabkov, ao fim da primeira rodada.

Nesta quarta está prevista uma sessão plenária presidida por Catherine Ashton, a ex-chefe da diplomacia da União Europeia , que conservou a responsabilidade da negociação.

À tarde, os representantes do grupo 5+1 e o chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif se reunirão antes de vários contatos bilaterais entre Estados Unidos e Irã.

O Irã e as grandes potências pediram concessões de lado a lado na terça-feira, no primeiro dia de negociações.

Em sua chegada à capital austríaca, Zarif prometeu "realizar esforços até o último dia", considerando que um acordo é possível, mas alertando para "exigências excessivas".

"O Irã deve fazer todos os esforços possíveis durante esta semana decisiva", considerou o secretário de Estado americano, John Kerry, em Londres, onde se reuniu com os ministros das Relações Exteriores europeus e árabes para informá-los a respeito dos avanços nas discussões.

Impasses significativos persistem entre os negociadores em temas importantes, e os diplomatas têm apenas seis dias para chegar a um acordo antes do prazo limite.

As grandes potências suspeitam que a República Islâmica queira produzir uma bomba atômica, sob o pretexto de um programa nuclear civil. Teerã nega taxativamente.

As tensões causadas pela controvérsia chegaram a suscitar ameaças de guerra, alimentadas principalmente pelo temor de Israel e dos países árabes do Golfo diante da ideia de um Irã nuclear.

Após anos de tensão, as duas partes negociam há cerca de um ano, mas os obstáculos continuam numerosos.

Os negociadores devem resolver a questão das capacidades de enriquecimento de urânio que o Irã pode manter após um acordo. Teerã possui milhares de centrífugas capazes de fornecer a matéria prima para bombas atômicas.

O reator de água pesada de Arak, um equipamento que pode produzir plutônio - o outro meio de acesso à arma nuclear - é uma das outras questões debatidas, assim como o regime de inspeções da ONU a que o Irã seria submetido após um acordo, ou ainda o ritmo da suspensão das sanções.

Um eventual acordo abriria caminho para uma normalização das relações entre o Irã e o Ocidente, e para possíveis cooperações, principalmente com Washington, em meio às crises no Iraque e na Síria.

Ele reduziria também o risco de proliferação nuclear no Oriente Médio. Para o governo iraniano, seria importante poder recuperar sua economia e recuperar o seu lugar entre os principais produtores de petróleo do mundo.

O desafio é tão importante que Washington e Moscou deixaram de lado as suas divergências a respeito do conflito na Ucrânia.

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Viena - O Irã e o grupo 5+1 (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China, além da Alemanha) começaram nesta quarta-feira negociações sobre o programa nuclear iraquiano, que, a princípio, devem ser concluídas antes do dia 24 de novembro.

"Estamos a um passo, inclusive meio passo, de uma solução", afirmou o diplomata russo Serguei Riabkov, ao fim da primeira rodada.

Nesta quarta está prevista uma sessão plenária presidida por Catherine Ashton, a ex-chefe da diplomacia da União Europeia , que conservou a responsabilidade da negociação.

À tarde, os representantes do grupo 5+1 e o chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif se reunirão antes de vários contatos bilaterais entre Estados Unidos e Irã.

O Irã e as grandes potências pediram concessões de lado a lado na terça-feira, no primeiro dia de negociações.

Em sua chegada à capital austríaca, Zarif prometeu "realizar esforços até o último dia", considerando que um acordo é possível, mas alertando para "exigências excessivas".

"O Irã deve fazer todos os esforços possíveis durante esta semana decisiva", considerou o secretário de Estado americano, John Kerry, em Londres, onde se reuniu com os ministros das Relações Exteriores europeus e árabes para informá-los a respeito dos avanços nas discussões.

Impasses significativos persistem entre os negociadores em temas importantes, e os diplomatas têm apenas seis dias para chegar a um acordo antes do prazo limite.

As grandes potências suspeitam que a República Islâmica queira produzir uma bomba atômica, sob o pretexto de um programa nuclear civil. Teerã nega taxativamente.

As tensões causadas pela controvérsia chegaram a suscitar ameaças de guerra, alimentadas principalmente pelo temor de Israel e dos países árabes do Golfo diante da ideia de um Irã nuclear.

Após anos de tensão, as duas partes negociam há cerca de um ano, mas os obstáculos continuam numerosos.

Os negociadores devem resolver a questão das capacidades de enriquecimento de urânio que o Irã pode manter após um acordo. Teerã possui milhares de centrífugas capazes de fornecer a matéria prima para bombas atômicas.

O reator de água pesada de Arak, um equipamento que pode produzir plutônio - o outro meio de acesso à arma nuclear - é uma das outras questões debatidas, assim como o regime de inspeções da ONU a que o Irã seria submetido após um acordo, ou ainda o ritmo da suspensão das sanções.

Um eventual acordo abriria caminho para uma normalização das relações entre o Irã e o Ocidente, e para possíveis cooperações, principalmente com Washington, em meio às crises no Iraque e na Síria.

Ele reduziria também o risco de proliferação nuclear no Oriente Médio. Para o governo iraniano, seria importante poder recuperar sua economia e recuperar o seu lugar entre os principais produtores de petróleo do mundo.

O desafio é tão importante que Washington e Moscou deixaram de lado as suas divergências a respeito do conflito na Ucrânia.

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