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Se ONU não retirar sanções, não terá pacto nuclear, diz Irã

Ministro das Relações Exteriores do Irã disse que não haverá acordo sobre a questão nuclear se sanções impostas pela ONU não forem retiradas

Bandeira do Irã: Teerã suspendeu algumas atividades polêmicas de programa nuclear (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 13h47.

Teerã - O ministro das Relações Exteriores do Irã e chefe nas negociações nucleares, Mohamad Yavad Zarif, afirmou nesta segunda-feira que não haverá um acordo sobre a questão se as sanções impostas contra o país pela ONU não forem retiradas.

"Os cinco membros permanentes do G5+1 (Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China, mais Alemanha) terão que suspender as sanções para que possa haver um acordo. Ou seja: não haverá nenhum acordo se os membros do 5+1 não cumprirem com seu compromisso de cancelar as sanções do Conselho de Segurança", afirmou Zarif, segundo a agência local iraniana Mehr.

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Zarif argumentou que "este ponto ficou claro nas conversas" realizadas até o momento.

"Um dos principais compromissos é que o 5+1 terá que comparecer ao Conselho de Segurança da ONU e atuar para que se cancelem as sanções", acrescentou.

No entanto, o chanceler não fez referência às sanções impostas pela União Europeia, Estados Unidos e outros países de forma individual.

Declarações sobre o resultado das negociações nucleares são pouco frequentes, pois até agora Zarif e os membros de sua equipe tinham sido extremamente cuidadosos para não divulgar dados sobre o conteúdo das conversas.

O ministro confirmou que se encontrará com a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, antes da próxima rodada de negociações, mas disse que a data não está ainda confirmada.

Em novembro do ano passado, o Irã e o 5+1 assinaram um pré-acordo em Genebra no qual estipularam um prazo de seis meses para chegar a um pacto final que ponha fim a mais de uma década de desacordos e sanções.

Em julho, após uma maratona negociadora em Viena, as partes decidiram ampliar o prazo para outros quatro meses para conseguir pôr fim as suas diferenças.

Em cumprimento do Memorando de Entendimento de Genebra, Teerã suspendeu algumas das atividades mais polêmicas de seu programa nuclear, enquanto o grupo 5+1 desbloqueou alguns dos fundos iranianos congelados no exterior e levantou parcial e temporariamente algumas das sanções.

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