Santos diz na ONU que é possível conseguir paz "com vontade"
O presidente da Colômbia comemorou em seu discurso o progresso do processo de paz com as Farc, que "não foi fácil"
EFE
Publicado em 19 de setembro de 2017 às 15h59.
Nações Unidas - O presidente da Colômbia , Juan Manuel Santos, lançou nesta terça-feira uma mensagem de esperança na Assembleia Geral da ONU, onde afirmou que, "com vontade", é possível encontrar uma solução para os conflitos que existem no mundo.
"Se na Colômbia pudemos terminar um conflito armado que deixou centenas de milhares de mortos e milhões de vítimas e deslocados, há esperança para os conflitos que ainda existem no planeta", disse Santos em referência ao acordo de paz assinado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O presidente comemorou em seu discurso o progresso do processo de paz com a guerrilha, que "não foi fácil", já que é "um processo complexo de diálogos e conclusões".
"Mas conseguimos porque tivemos vontade e porque fomos conscientes de uma premissa fundamental: a paz é a condição necessária para o progresso e a felicidade de qualquer sociedade", disse Santos em seu discurso perante o plenário da Assembleia.
"Se estamos conseguindo na Colômbia, é possível conseguir no mundo inteiro", acrescentou.
O presidente agradeceu à ONU "em nome de 50 milhões de colombianos" por ter ajudado a Colômbia a alcançar a paz e ter cumprido assim a missão para a qual foi criada.
Por outro lado, se mostrou preocupado "excessivamente" pela situação da Venezuela, pela "destruição paulatina de sua democracia", bem como "a perseguição à oposição política e a violação sistemática dos direitos dos venezuelanos".
Santos apontou que a Venezuela precisa do apoio da ONU e de toda a comunidade internacional "em busca de uma solução pacífica que os faça retornar ao caminho do progresso, da democracia e da liberdade".
Além disso, destacou a mudança climática e disse que a Colômbia, "um dos países mais vulneráveis" a este fenômeno, apoia "com entusiasmo" o Acordo de Paris.
"A humanidade não pode fechar os olhos diante do mais urgente desafio dos nossos tempos", concluiu.