Sanções da UE contra o regime de Kadafi entram em vigor
Medidas incluem embargo à exportação de armas, congelamento dos ativos de Kadafi e seu entorno e a proibição de vistos para entrar na UE
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2011 às 15h42.
Bruxelas - As sanções impostas pelos países comunitários ao regime de Muammar Kadafi por sua repressão violenta dos movimentos civis na Líbia entraram em vigor nesta quinta-feira, ao serem publicadas no Diário Oficial da União Europeia (UE).
As medidas, que incluem um embargo à exportação de armas, o congelamento dos ativos de Kadafi e seu entorno e a proibição de vistos para entrar na UE, foram aprovadas na segunda-feira passada.
Desde esta quinta-feira com sua publicação no Diário Oficial, estão aplicáveis legalmente, confirmaram fontes comunitárias.
Os 27 membros da UE decidiram ampliar o espectro das sanções estipuladas previamente pelo Conselho de Segurança da ONU, que impôs o bloqueio de ativos a Kadafi e cinco parentes e a proibição de viagens ao líder líbio e outras 15 pessoas.
Assim, ao embargo de armas e munição à UE acrescentou os materiais antidistúrbios e estendeu a lista de pessoas às que se aplica a retirada do visto e do congelamento de fundos a uma dezena de altos cargos mais.
O documento dado a conhecer hoje desvela a identidade das dez pessoas às que a UE decidiu sancionar por sua conta.
Entre elas figuram o coronel Massoud Abdulhafiz, terceiro principal responsável das Forças armadas; Abdussalam Mohammed, diretor da luta antiterrorista, e Abu Shaariya, cunhado de Kadafi.
Também estão nessa lista Al-Barrani Ashkal, subdiretor da inteligência militar; Omar Ashkal, líder do Movimento de Comitês Revolucionários; Bashir Saleh, chefe de gabinete de Kadafi; o general Khaled Tohami, diretor do escritório de segurança interna do regime, e Mohammed Bocharaya Farkash, diretor de inteligência no escritório de segurança exterior.
Além disso, figuram Safia Farkash Al Barassi, esposa de Kadafi, e Ahmed Mohammed Gadaf Al Dam, primo do líder líbio e representante do regime no Egito, que na semana passada renunciou a suas funções em protesto pela repressão da revolta popular.