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Rússia nunca falou sobre transição na Síria, diz Assad

As declarações foram divulgadas pouco antes da chegada a Moscou do secretário de Estado americano John Kerry, que almeja retomar o processo de paz na Síria

Bashar al-Assad: "Apenas o povo sírio pode definir quem vai ser o seu presidente, quando ele começa e quando deve sair" (AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2016 às 09h56.

O presidente sírio, Bashar al-Assad , afirmou em uma entrevista exibida nesta quinta-feira que a Rússia , aliada de Damasco, "nunca" falou com ele sobre uma transição política que pudesse resultar em sua saída do poder.

"Nunca, porque como já disse este assunto compete ao povo sírio", afirmou Assad, questionado pelo canal americano NBC News se o presidente russo Vladimir Putin ou o ministro das Relações Exteriores Serguei Lavrov abordaram o tema de sua saída do poder ou de uma transição com ele.

"Apenas o povo sírio pode definir quem vai ser o seu presidente, quando ele começa e quando deve sair. Eles (os russos) nunca falaram uma única palavra sobre isto", insistiu Assad na entrevista realizada em Damasco.

As declarações foram divulgadas pouco antes da chegada a Moscou do secretário de Estado americano John Kerry, que almeja retomar o processo de paz na Síria.

Rússia e Estados Unidos coordenam os esforços da comunidade internacional para reunir em volta da mesma mesa de negociação o regime de Assad e os grupos rebeldes.

Ao ser questionado se estava "preocupado" com a possibilidade de Kerry e Putin chegarem a um "acordo" sobre sua saída, Assad respondeu: "Não, por uma razão, porque sua política, quero dizer a política dos russos, não está baseada em acordos e sim em valores".

"E é por isto que vocês não veem nenhum acordo entre eles e os americanos, porque os valores diferem", completou o presidente sírio.

Desde o início da revolta contra o regime de Damasco em março de 2011, a guerra na Síria provocou mais de 280.000 mortes e a fuga de milhões de pessoas, o que teve como consequência uma crise humanitária sem precedentes na região e na Europa.

O complexo conflito sírio envolve múltiplos rivais, tudo isto em um contexto de profundas divisões internacionais e do auge dos grupos extremistas Estado Islâmico (EI) e Al-Nosra (facção local da Al-Qaeda), que escapam de qualquer controle.

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O presidente sírio, Bashar al-Assad , afirmou em uma entrevista exibida nesta quinta-feira que a Rússia , aliada de Damasco, "nunca" falou com ele sobre uma transição política que pudesse resultar em sua saída do poder.

"Nunca, porque como já disse este assunto compete ao povo sírio", afirmou Assad, questionado pelo canal americano NBC News se o presidente russo Vladimir Putin ou o ministro das Relações Exteriores Serguei Lavrov abordaram o tema de sua saída do poder ou de uma transição com ele.

"Apenas o povo sírio pode definir quem vai ser o seu presidente, quando ele começa e quando deve sair. Eles (os russos) nunca falaram uma única palavra sobre isto", insistiu Assad na entrevista realizada em Damasco.

As declarações foram divulgadas pouco antes da chegada a Moscou do secretário de Estado americano John Kerry, que almeja retomar o processo de paz na Síria.

Rússia e Estados Unidos coordenam os esforços da comunidade internacional para reunir em volta da mesma mesa de negociação o regime de Assad e os grupos rebeldes.

Ao ser questionado se estava "preocupado" com a possibilidade de Kerry e Putin chegarem a um "acordo" sobre sua saída, Assad respondeu: "Não, por uma razão, porque sua política, quero dizer a política dos russos, não está baseada em acordos e sim em valores".

"E é por isto que vocês não veem nenhum acordo entre eles e os americanos, porque os valores diferem", completou o presidente sírio.

Desde o início da revolta contra o regime de Damasco em março de 2011, a guerra na Síria provocou mais de 280.000 mortes e a fuga de milhões de pessoas, o que teve como consequência uma crise humanitária sem precedentes na região e na Europa.

O complexo conflito sírio envolve múltiplos rivais, tudo isto em um contexto de profundas divisões internacionais e do auge dos grupos extremistas Estado Islâmico (EI) e Al-Nosra (facção local da Al-Qaeda), que escapam de qualquer controle.

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