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Rússia minimiza caso Sessions e diz ter contatos diários com EUA

Declaração russa veio após jornal noticiar que o secretário de Justiça dos EUA, Jeff Sessions, deixou de comunicar encontros com o embaixador russo

Jeff Sessions: na quarta-feira a líder dos democratas na Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, pediu que Sessions renuncie em virtude da revelação (Lucas Jackson/Reuters)

Jeff Sessions: na quarta-feira a líder dos democratas na Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, pediu que Sessions renuncie em virtude da revelação (Lucas Jackson/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de março de 2017 às 09h04.

Moscou - A embaixada da Rússia nos Estados Unidos disse nesta quinta-feira que mantém contato frequente com "parceiros dos EUA", depois que o jornal Washington Post noticiou que o secretário de Justiça norte-americano, Jeff Sessions, deixou de comunicar encontros com o embaixador russo.

Citando autoridades do próprio Departamento de Justiça, o Post disse que Sessions falou duas vezes com Sergey Kislyak no ano passado, quando ainda era senador.

Na quarta-feira a líder dos democratas na Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, pediu que Sessions renuncie em virtude da revelação.

As dúvidas sobre contatos entre a campanha do hoje presidente dos EUA, Donald Trump, e a Rússia antes de sua eleição dominou os primeiros dias de sua Presidência, além das alegações de funcionários da inteligência norte-americana de que Moscou realizou uma campanha para tentar influenciar o resultado da votação.

A Rússia nega categoricamente qualquer intromissão, e autoridades russas dizem que o tema está sendo usado deliberadamente pelos opositores de Trump para estragar as chances de um aquecimento rápido nas relações entre as duas potências.

"A embaixada não comenta os numerosos contatos com parceiros locais, que ocorrem de forma diária, conforme a prática diplomática", disse o porta-voz da representação, Nikolai Lakhonin, à agência de notícias russa Interfax quando instado a comentar os encontros entre Sessions e Kislyak.

Sessions negou ter debatido detalhes da campanha presidencial dos EUA com autoridades russas.

O primeiro conselheiro de segurança nacional de Trump, Michael Flynn, foi demitido no mês passado depois de ter discutido sanções norte-americanas a Moscou com Kislyak antes de Trump tomar posse e não inteirar seu vice, Mike Pence, das conversas.

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